Embrapa Rondônia realiza Dia de Campo de Soja
Encontro ocorre no dia 13 de fevereiro, no campo experimental da Embrapa Rondônia, em Vilhena
Uma operação judicial resultou na maior apreensão de sementes de soja piratas já registrada no Brasil. A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a apreensão de 1.405.800 quilos do produto em Santiago, no Rio Grande do Sul. A suspeita é de que as sementes seriam comercializadas ilegalmente, configurando prática de pirataria. O valor estimado da carga chega a R$ 19,6 milhões.
A ação foi movida pela CropLife Brasil, associação que representa fabricantes de sementes, contra um grupo acusado de violar a Lei de Proteção de Cultivares (LPC). Segundo a investigação, as sementes eram vendidas sem nota fiscal por um preço até 70% abaixo do mercado. Além disso, os réus não possuíam cadastro no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem).
Além da carga retida, a investigação apontou que os acusados atuam em diversas cidades gaúchas, como Alegrete, Uruguaiana e Bossoroca, além de estados como Pará e Tocantins. O grupo, considerado um dos maiores produtores e comerciantes ilegais do país, possuía uma estrutura logística própria, incluindo carretas e helicópteros.
Nos últimos anos, o Brasil tem registrado um crescimento alarmante da pirataria de sementes. Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass) indicam que 30% das sementes utilizadas no país são provenientes do mercado informal. Essa prática causa prejuízos bilionários aos cofres públicos e ameaça o avanço tecnológico no setor agrícola.
Especialistas alertam que o comércio ilegal de sementes compromete a produtividade e a inovação no campo.“Além dos riscos envolvidos pela falta de certificação e os problemas relacionados a qualidade do produto ofertado, é necessário ressaltar o prejuízo causado a todo sistema de inovação para o melhoramento genético de sementes e mudas. Esta é uma atividade essencial para manter altos patamares de produtividade agrícola, bem como trazer soluções para a pressão de pragas, doenças e desafios climáticos no campo” afirma Catharina Pires, diretora de Biotecnologia da CropLife Brasil.
Apesar de a pirataria de sementes ser prevista como crime na LPC, especialistas destacam a ausência de punições criminais severas para os infratores. Atualmente, as penalidades estão restritas à esfera civil, o que dificulta o combate a essa prática.
A CropLife Brasil mantém um canal de denúncias para receber informações sobre o comércio ilegal de sementes e defensivos agrícolas. O Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) estima que o mercado ilegal de insumos agrícolas movimenta mais de R$ 20 bilhões por ano no Brasil.
Semente Pirata
Semente Certificada
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