Syngenta recebe aprovação para MIR 162 e evento combinado Bt11xGA21
A primavera é historicamente marcada por incêndios florestais que afetam seriamente não apenas a flora, mas também a fauna, tão importante para o equilíbrio da biodiversidade.
Dados da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia mostram que, comparando novembro de 2007 com o mesmo período de 2008, houve um aumento de 308% no registro de focos de incêndios. Tamanduás, micos, cotias, preás, camaleões, abelhas e pássaros de diversas espécies: nada escapa ao calor das chamas que atingem as florestas. Ao colocar fogo numa área florestal, seja nativa ou reflorestada, queima-se o ambiente de centenas de espécies da fauna e flora silvestre – uma infinidade de aves, mamíferos, répteis, anfíbios e plantas que vivem por entre as árvores e arbustos.
“Sempre encontramos animais queimados e ninhos com ovos ou filhotes recém-nascidos mortos pelo fogo”, lamenta Valnei Neves, escriturário da Copener Florestal, em Alagoinhas, que atua no combate a incêndios florestais nas áreas da empresa. “Os animais que não morrem, fogem e só retornam quando a área se regenera. E isso pode levar anos”, completa Valnei. Os incêndios florestais submetem não apenas os animais a um sacrifício cruel do qual a maioria não tem como se livrar, mas ameaçam também os seres humanos.
“Tem a vida silvestre, mas tem também a vida das pessoas. Árvores queimando podem tombar sobre quem está combatendo o fogo”, destaca. As equipes precisam estar preparadas para enfrentar, além do calor, a fumaça, que sufoca, e o fogo, que pode cercar os combatentes, deixando-os sem saída. “Por isso, o combate aos focos deve ser o mais rápido possível, dentro dos critérios de segurança”, explica o colaborador da Copener.
Talvez, um dos maiores problemas em relação à natureza é não tratá-la como se fosse a nossa casa – o que, de fato, ela é – desmatando, jogando lixo, ateando fogo, destruindo. Vem daí a pergunta da nova campanha contra incêndios da Bahia Pulp/Copener: “Você atearia fogo à sua casa?”. A campanha quer sensibilizar para o sacrifício a que animais e plantas são submetidos com os incêndios. E para o risco que eles representam também para as pessoas.
Causas de incêndios
As causas de incêndios florestais são várias. Além daqueles provocados de maneira inconsequente, muitos ocorrem por falta de controle das queimadas nas áreas rurais. A ação de caçadores é outro fator e tem ainda a ação dos “traficantes de mel”, aqueles que ateiam fogo às colmeias formadas nas copas das árvores para espantar as abelhas e extrair o mel.
Os incêndios florestais arrasam tudo o que encontram pela frente. E tanto faz se ele começa numa área de preservação ambiental ou numa área de reflorestamento. Como estas áreas normalmente são interligadas, o fogo se alastra facilmente para todos os lados. Isso ocorre porque os reflorestamentos são intercalados com trechos de vegetação nativa que compõem as áreas de reserva legal e preservação permanente. É a chamada paisagem mosaico, responsável pela manutenção de corredores ecológicos entre os plantios de eucalipto da Copener. Estas áreas concentram-se, principalmente, nas encostas e fundos de vales, onde há cursos d’água e a ocorrência de animais silvestres é mais intensa.
Fonte: CDI Comunicação
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura