Termina vazio sanitário da soja no PR e no MT
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) entregou, terça-feira (15/09), o certificado de “Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose” ao produtor José Roberto Martins, da fazenda Pinhal, localizada no município de Elói Mendes, Sul de Minas.
O documento, emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e intermediado pelo IMA, comprova que o leite e produtos derivados obtido nessas propriedades, provém de animais sadios.
A fazenda Pinhal foi acompanhada pelo Instituto durante aproximadamente um ano e passou pelo processo de Certificação de Estabelecimentos de Criação Livres de Brucelose e Tuberculose. O certificado isenta o teste de diagnóstico para transportar os animais e participação em eventos agropecuários, enquanto durar sua validade.
Durante a solenidade de entrega, José Roberto ressaltou a importância dessa conquista. “A obtenção do certificado é uma vitória minha e dos meus funcionários, que tratam os animais com muita atenção. Outros produtores do Sul de Minas devem se empenhar para obter o certificado e, assim, destacar a região como área livre de brucelose e tuberculose, além de agregar valor ao seu produto”, enfatizou o produtor.
O procedimento é voluntário e voltado para a produção de gado de leite. Neste caso, são aplicadas medidas de saneamento e vigilância sanitária, que garantem a qualidade do leite e seus derivados. A fazenda Pinhal é a quinta propriedade a obter esta qualificação em Minas Gerais. As demais ficam nos municípios de Bambuí, Coronel Pacheco e Piau (Zona da Mata).
Após o período de um ano, para manter o status de propriedade livre de brucelose e tuberculose, o produtor deve realizar novos testes supervisionados de diagnóstico, para comprovar que o rebanho continua saudável. Caso exista algum animal positivo, ele deve ser sacrificado e em seguida realizado dois testes consecutivos com o resultado negativo. Se não houver inconformidades, ele renova seu certificado por mais um ano.
O produtor que se interessar em certificar sua propriedade deve procurar o escritório do IMA ao qual pertence sua propriedade, acompanhado de médico veterinário habilitado. Ele deve preencher um requerimento e um termo de compromisso. A partir de então, o Instituto faz a vistoria oficial e emite seu parecer para que se inicie ou não o processo de certificação. O prazo mínimo para concessão da certificação é de nove meses.
De acordo com o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, a expectativa é de que cada vez mais propriedades obtenham o título. “A certificação é um recurso com o qual os produtores podem agregar valor aos seus produtos. No entanto, a idéia é que toda a cadeia produtiva seja beneficiada, pois, os consumidores, por sua vez, terão a garantia de um produto de melhor qualidade”.
A certificação voluntária faz parte das ações do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2001. O IMA é o responsável pela execução do programa em todo o território mineiro.
Brucelose e Tuberculose
A brucelose e a tuberculose têm sido uma das principais causas de perdas econômicas na produção pecuária em todo o território brasileiro, já que podem provocar aborto, queda na produção de leite, menor número de bezerros e ainda o desenvolvimento tardio destes animais.
Causada pela bactéria Brucella abortus, a brucelose ataca bovinos, bubalinos, suínos, equinos, caprinos e ovinos. A tuberculose também é causada por bactéria, a Mycobacterium bovis, e acomete bovinos, bubalinos, suínos, caprinos, ovinos e aves. Ambas podem infectar o homem e têm grande importância para a saúde pública.
Com relação à tuberculose, não existe vacina. A melhor forma de prevenir a doença no rebanho é comprar somente animais que apresentem resultado negativo no teste da doença. No caso da brucelose, a vacinação com a amostra B19 é obrigatória para fêmeas entre 3 e 8 meses de idade, devendo ser realizada sob responsabilidade de médico veterinário cadastrado no IMA.
De janeiro a julho de 2009, cerca de 1,2 milhão de bezerras foram imunizadas contra a brucelose, em Minas Gerais, o que representa 54,13% do total de animais vacináveis no estado neste ano.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) - (31) 3235-3504 /
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