Bahia Farm Show 2020 está chegando
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O Conselho Nacional do Café (CNC) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) assinaram, na quinta-feira (5/3), um acordo de cooperação técnica que pretende contribuir de forma eficaz para a competitividade e o desenvolvimento sustentável da cafeicultura, a proteção do meio ambiente e a melhoria das condições de vida nas regiões cafeeiras do Brasil.
As instituições desenvolverão ações com o objetivo de encontrar soluções para o fortalecimento da sustentabilidade da cafeicultura nacional, visando à proteção do meio ambiente e à valorização dos serviços ambientais prestados pelos produtores; apoiar a adoção de tecnologias que visem ao uso mais eficiente de insumos e recursos naturais para proteção do meio ambiente e da saúde de trabalhadores e produtores; e contribuir para o processo de atualização tecnológica para reduzir custos de produção, aumentar a renda e melhorar a qualidade de vida dos agricultores e do café.
Segundo o presidente do CNC, Silas Brasileiro, a cafeicultura nacional é a mais sustentável do mundo, mas ainda carece de melhorias econômicas a seus produtores. "A sustentabilidade é pauta em praticamente todos os segmentos produtivos e, no café, não é diferente. Porém, o lado econômico do tripé nem sempre é honrado diante dos investimentos que fazemos nas áreas ambiental e social", analisa. "Nosso acordo vem exatamente para mostrarmos ao mundo a imagem dessa nossa sustentabilidade e, consequentemente, melhorarmos as condições dos produtores no campo", completa.
O representante do IICA no Brasil encarregado, Christian Fischer, afirma que o acordo assinado tem um enfoque no café sustentável, inicialmente, via o programa “Produtor de Águas”, desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA), que promove a articulação e a intervenção em áreas agrícolas de bacias hidrográficas de interesse. O IICA já apoia este programa por meio do acordo de cooperação técnica internacional que tem com a agência.
“As principais linhas de atuação do acordo serão a competitividade sustentável da cafeicultura, gerar riqueza e desenvolvimento na região tanto para produtor rural como para a sociedade local. Haverá o enfoque no cooperativismo como vetor do desenvolvimento social por meio da cooperação nacional e internacional, intercâmbios e visitas técnicas, além da oferta, por parte do IICA, de soluções que contemplam boas práticas agrícolas e rastreabilidade”, destacou Fischer.
Para o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Silvio Farnese, que participou da cerimônia de assinatura do acordo, esta parceria oficializada contará com o apoio do governo federal.
“Nós temos uma tradição de trabalho com o IICA já de muito tempo, que nos mostra a eficiência do instituto no apoio ao desenvolvimento do agronegócio. O IICA tem uma expertise muito grande nisso e pode ajudar com um resultado muito saudável para a cadeia do café, que tem uma penetração muito grande no mundo. Somos o maior país exportador de café, além de ser o maior produtor, e isso nos traz uma responsabilidade muito grande em defender e manter essa questão da sustentabilidade como um padrão do café brasileiro”, concluiu Farnese.
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