O primeiro dia do II Seminário Internacional de Greening promovido pelo Fundecitrus, no Auditório da Unip, em Araraquara, São Paulo, reuniu mais de 250 profissionais ligados ao setor citrícola, vindos de diversas partes do Brasil e do mundo. O painel inicial apresentou um panorama do greening no Brasil, Estados Unidos (Flórida e Califórnia), México, Costa Rica e Espanha, países que se destacam na produção de citros e que trouxeram ações bem-sucedidas no controle da doença e também desafios a serem enfrentados, permitindo a troca de experiências e apontando para a importância da ciência para a manutenção de uma citricultura sustentável.
O segundo painel trouxe informações sobre a disseminação da bactéria dentro das plantas, que se direciona preferencialmente para partes jovens, e como esse processo é dificultado por altas temperaturas. Os danos às raízes também foram abordados, o que contribui para a queda de folhas e frutos, bem como a interferência do greening sobre a queda da produtividade das plantas.
No terceiro painel foram apresentadas pesquisas que avaliaram o papel da nutrição, antibióticos e termoterapia em plantas com greening.
O painel final abordou aspectos relacionados à dispersão do psilídeo, relacionando o deslocamento para outras plantas com horário (14h-16h), temperatura (acima de 27ºC) e má nutrição da árvore, dentre outros fatores. A última apresentação tratou do efeito de borda e da necessidade de plantio diferenciado e aplicações mais frequentes nas bordaduras das propriedades, locais onde o psilídeo predominantemente se instala.
O primeiro dia do evento foi marcado por uma homenagem ao pesquisador Joseph Bové, que, com seu trabalho, foi decisivo para a sanidade e competitividade dos pomares brasileiros.