Afeganistão busca aprendizado para diversificar agricultura
Em uma série de reuniões de alto nível em Washington, em 25 de fevereiro, uma delegação da Federação Internacional dos Produtores Agrícolas (Ifap) falou em nome dos interesses dos produtores rurais, em particular pressionando para que a agricultura seja incluída como um componente separado do esperado acordo Pós-Kyoto sobre mudanças climáticas nas negociações multilaterais das Nações Unidas que serão organizadas em dezembro de 2009, em Copenhague, Dinamarca, na qual se espera definir uma estrutura de como o mundo lidará com as mudanças do clima.
A delegação, liderada pelo presidente da Ifap, se encontrou com Sally Collins, diretora de Serviços Ambientais para o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). MS Collins é responsável por estabelecer as diretrizes de mensuração dos benefícios dos serviços ambientais e por verificar relatórios dos proprietários, como produtores rurais, que servirão com base para o crédito de carbono e o esquema de comercialização em nível nacional nos Estados Unidos, que também deverá servir como um modelo global para desenvolvimento.
Até o momento, a agricultura ainda não conseguiu um lugar na mesa das negociações sobre mudanças climáticas. A Ifap declarou sua preocupação de que à medida que as negociações avançam, produtores agrícolas não serão considerados em Copenhague. A entidade também expressou seu apoio à idéia de pôr em prática um sistema internacional e harmonizado de mensuração de carbono e um sistema internacional de comércio de carbono que poderia recompensar os produtores, com o apoio do USDA.
A Ifap também se encontrou com Katherine Sierra, vice-presidente do Banco Mundial responsável por agricultura e assuntos ambientais, para discutir principalmente as mudanças climáticas e outros assuntos ambientais relacionados. Ela demonstrou grande apoio na ação da Ifap de incluir a agricultura na agenda das mudanças climáticas e disse que seu grupo agrícola irá estabelecer um diálogo de posição com a abertura de incluir terra e agricultura. Katherine Sierra enfatizou que o esforço do Banco Mundial em mudanças climáticas irá mudar seu foco da identificação de boas práticas para a construção dessas práticas em programas regulares de desenvolvimento em um ambiente de mudança, ao invés de apenas ter programas especiais para mudanças climáticas. Ela também indicou que o Banco Mundial terá cerca de 50 milhões de dólares durante os próximos cinco anos disponíveis para descobrir como incentivar a mitigação da agricultura no resultado de Copenhague.
Sierra é razoavelmente confiante no sucesso e mencionou que a Ifap poderia ser uma importante parceira nesse tema. É preciso dar atenção à ciência e aos mecanismos, incluindo como os 370 bilhões anuais de subsídios existentes dos países ocidentais serão ajustados ou como podem ser movidos em direção ao foco ambiental, mas não às mudanças climáticas.
A Ifap irá colaborar futuramente com o USDA e com o Banco Mundial nas discussões e Conferências das Nações Unidas sobre o clima, no sentido de garantir que a agricultura seja incluída na agenda.
A delegação da Ifap incluiu o presidente da Ifap, Ajay Vashee, o presidente da União dos Produtos de Dakota do norte, Robert Carlson, a assessora de Políticas Sênior, Nora Ourabah, e o coordenador de Comunicação da Ifap, Neil Sorensen.
Mais informações: Nora Ourabah -
.
Fonte: Agência cNA -
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura