hEDGEpoint realiza seminário para debater temas macroeconômicos e perspectivas das safras em 2022

Evento online vai reunir nossos especialistas para apresentar uma retrospectiva de 2021 e traçar um panorama das commodities agrícolas e de energia nesse ano

21.02.2022 | 16:43 (UTC -3)
Bruno Cirillo
Thais Italiani (esq.) e Natália Gandolphi (dir.)
Thais Italiani (esq.) e Natália Gandolphi (dir.)

A hEDGEpoint Global Markets, especializada em soluções de hedge, gerenciamento de riscos e inteligência de mercado, realiza nos dias 22, 23 e 24 de fevereiro um webinar para debater perspectivas macroeconômicas e tendências para commodities agrícolas e energéticas em 2022. O evento online acontecerá das 17h às 19h e será aberto aos clientes, investidores e parceiros da empresa.

“Nossos especialistas em inteligência de mercado e gestão de risco irão compartilhar, nessa série, suas perspectivas para 2022”, diz a gestora de inteligência de mercado da hEDGEpoint, Thais Italiani.

A participação no Webinar é gratuita. Inscrições no site do evento.

Commodities Energéticas

Em relação ao mercado de petróleo e refinados, os expositores abordarão perspectivas altistas quanto aos preços das commodities energéticas. “Parece ser o caso de que os produtores norte-americanos, juntamente à OPEP+, não estão tão responsivos aos altos preços do petróleo no mercado global”, destaca o analista de inteligência de mercado, Heitor Paiva. Fatores geopolíticos também devem influenciar os preços, sobretudo em meio ao entrave entre a União Europeia e a Rússia, sendo o gás natural o alvo, segundo ele. “Temos um mercado de energia inflacionário atualmente”, acrescenta.

Grãos e Oleaginosas

Nos grãos e oleaginosas, o foco será a quebra das safras brasileira e argentina por conta da seca decorrente do La Niña e como a oferta mais apertada deve impactar a demanda. Segundo os analistas de grãos, Alef Dias e Pedro Schicchi, a soja deve ser a cultura mais afetada. “Dada a severa deterioração das condições de safra, principalmente no Paraná e Rio Grande do Sul, nossas estimativas já apontam para uma produção menor. Além disso, a menor oferta de farelo e óleo de soja argentinos, bem como a recuperação do rebanho suíno chinês, devem estimular o processamento e exportação”, destaca Dias.

Trigo

Com as quebras sul-americanas, o mercado interno dos EUA deve seguir aquecido, com o uso doméstico de ambas as commodities superando os números da safra anterior. Os analistas também trarão insights para a próxima safra norte-americana, olhando para a questão climática e os custos dos fertilizantes -- que tiveram fortes altas no último ano. O painel também abordará o mercado de trigo, que deve observar uma recuperação dos estoques globais após as quebras na atual safra. Porém, ainda existem muitos riscos que merecem atenção, como a cobertura de neve nos EUA e Rússia.

Açúcar e Etanol

No mercado de açúcar, os especialistas destacam a importância de se entender a safra brasileira de 2022/2023 e sua sazonalidade para mensurar o aperto do fluxo comercial, principalmente a partir de abril. Antes, estima-se que o intervalo de preços deve se manter entre a arbitragem de importação chinesa e a paridade de exportação. Além disso, a entrada num terceiro ano de déficit global contribui a um cenário de estoques mais apertados, o que, por sua vez, pode reaquecer a demanda e preços do açúcar.

Café

O mercado de café enfrenta a possibilidade de dois déficits consecutivos em 21/22 e 22/23, com problemas na safra brasileira. A quebra de 21/22, além de uma bienalidade negativa, se deu como decorrência do La Niña, o que gerou período de seca durante a florada. Ademais, a seca afetou o crescimento vegetativo de 22/23 -- safra que também foi impactada por três eventos de geada no ano passado. “O mercado de café deve registrar uma redução dos estoques finais e um aperto da relação estoque/uso em 21/22 e 22/23, o que gera suporte para os preços em NY. O contraponto está na questão macroeconômica -- que afeta commodities de forma geral, não sendo exclusiva para o café”, destaca a analista de inteligência de mercado, Natália Gandolphi.

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