GT busca norma federal para conter Amaranthus palmeri

Praga foi identificada em 2015 e está sob controle, mas requer cuidados em outros estados brasileiros

27.04.2017 | 20:59 (UTC -3)
Ascom Aprosoja

Após ter confirmada sua identificação em Mato Grosso em junho de 2015, a espécie de caruru Amaranthus palmeri, atualmente, está controlada no estado. Considerada uma praga exótica para o Brasil, o primeiro relato oficial de sua ocorrência foi divulgado em 2015, em uma circular técnica do Instituto Mato-grossense do Algodão (Ima-MT), ligado à Associação Mato-grossense de Algodão (Ampa).

Desde então, a contenção desta planta foi possível graças às medidas adotadas pelo Grupo de Trabalho estadual para erradicação da praga, formado por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agrossilvipastori

“A Amaranthus palmeri ou caruru-palmeri foi identificada em um projeto de extensão realizado em associação entre o Univag, Ima e a UFMT. Tínhamos um projeto que monitorava áreas com plantas daninhas com problema de controle. A Embrapa se somou logo depois. Hoje, entendemos que boa parte da contenção desta planta se deve a um tripé: a pesquisa, a fiscalização dos órgãos estaduais e os agricultores, que acataram as recomendações e não deixaram que ela se espalhasse”, analisa o professor do Univag, Anderson Cavenaghi.

Reunido na última semana, em Cuiabá, o Grupo de Trabalho também definiu as próximas metas. “Já conseguimos a contenção da praga Amaranthus palmeri, porém, nossa meta é a erradicação. Sabemos que a redução da população da planta daninha, desde quando foi detectada até hoje, é de cerca de 60%. Além disso, em locais onde foram encontradas plantas de forma isolada, a praga não disseminou. Da nossa parte, continuaremos inspecionando e monitorando as propriedades rurais”, explica o Coordenador de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, Thiago Augusto Tunes.

Além da manutenção da fiscalização, outra meta do Grupo é a criação de uma instrução normativa nacional. “Hoje, o programa de erradicação é de Mato Grosso e não há nenhuma norma federal para controle dessa praga. Nossa preocupação é de que, caso surja a praga em algum outro estado, se torne inviável o seu controle. A minuta da normativa já está pronta e será encaminhada ao Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, nos próximos dias”, afirma Omar Silveira, Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Mapa, que acompanha o Programa de Erradicação do Amaranthus palmeri.

Para a Aprosoja, a instrução normativa é mais um passo importante para a erradicação completa da praga. “Nós acompanhamos desde o início as discussões e medidas que foram tomadas para conter a Amaranthus palmeri e elas foram fundamentais para os resultados que colhemos hoje. Em boa parte, essa contenção também se deveu às informações que levamos aos nossos associados e que continuaremos levando para alcançarmos a erradicação total da praga”, diz a coordenadora da Comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja, Roseli Giachini.

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