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O greening (huanglongbing/HLB), pior doença da citricultura mundial, provocou aumento de 85% dos custos da produção de citros da Flórida (Estados Unidos) devido à queda de produtividade dos pomares e aos gastos com o manejo. Os custos passaram de US$ 1300 por acre (unidade de medida) na safra 2004/05, quando o greening foi identificado no estado norte-americano, para US$ 2400 por acre na safra 2015/16.
Os dados foram apresentados pelo professor da Universidade da Flórida (Estados Unidos), Ariel Singerman, em uma palestra sobre o impacto econômico das doenças que afetam a citricultura aos alunos do Mestrado Profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros – MarsterCitrus, do Fundecitrus, na última sexta-feira (23).
De acordo com Singerman, a doença causou a redução de cerca de 200 mil hectares de 2004/05 para 155 mil hectares em 2015/16 (menos 23% da área plantada de citros). A produtividade caiu de 300 caixas/acre em 2004/5 para 200 caixas/acre em 2015/16 (menos 33% da produtividade do pomar). E o aumento da queda de fruta de 15% em 2004/05 para 25-30% em 2015/16 (aumento de 67 a 100%).
Os custos de produção por caixa passaram de US$3/caixa (2004/05) para US$ 9/caixa (2015/16), o que representa um aumento de 300%.
A incidência do greening na Flórida tornou-se endêmica e hoje já atinge média de 90% das plantas do estado que é responsável por 49% da produção de citros dos Estados Unidos. Em seguida pela Califórnia (47%), Texas (3%) e Arizona (1%).
A última estimativa de safra da laranja 2016/17, divulgada no início de junho pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), é de 68,5 milhões de caixas. Na safra 2000/01, antes de a doença ser identificada, a produção do estado foi de 220 milhões de caixas.
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