Bayer CropScience lança Curbix, inseticida diferenciado para a cana-de-açúcar
Palestras de temas diversificados e um grande público marcaram a abertura do Congresso Internacional da Produção Pecuária. O evento, que acontece até o dia 25 de agosto no Bahia Othon Palace, em Salvador (BA), apresentou números sobre o mercado interno e externo, novas oportunidades em setores ainda pouco explorados e com grande potencial de expansão, projetos de sucesso, propostas ao agronegócio nacional e palestras técnicas, que elucidaram dúvidas sobre manejo, doenças e os mais recentes avanços do melhoramento genético.
Eduardo Salles, secretário da Agricultura do Estado da Bahia, abriu o evento apresentando dados e as realizações da produção pecuária baiana nos últimos anos e abordou as estratégias de governo à Bovinocultura de Corte e Leite e a Ovinocaprinocultura. “Temos muito a crescer, como na busca da autossuficiência na produção leiteira, mas reestruturamos a EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário) e estamos com a extinção da Zona Tampão em processo de finalização”, afirmou Eduardo. O secretário ainda exibiu números voltados a realizações de infraestrutura e propostas, como a eletrificação das cooperativas e associações do leite, a implantação de 800 tanques de resfriamento e de um Parque de Frigoríficos, que envolve ao todo 16 projetos e alcançar o status de livre da Aftosa sem necessidade de vacinação.
O secretário da Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana, deu continuidade ao evento ao apresentar dados e antecipar os desafios na relação entre produtor e indústria na cadeia produtiva do leite para o futuro. “A falta da confiança mútua gera conflitos entre a produção e a indústria, isso atrapalha a realização de objetivos como a melhoria da qualidade do produto, o aumento do consumo interno, a produção sustentável, que respeita a legislação ambiental e o crescimento das exportações”. Como uma solução a esse entrave, Gilman exibiu o projeto Conseleite, implantado em alguns estados do país, como o Paraná e o Rio Grande do Sul, e que já apresentou sucesso. “Nesse conselho os membros são 50% da indústria e 50% do mercado produtor, e buscam soluções conjuntas para problemas comuns do setor lácteo”, enfatiza. O projeto ainda conta com a determinação de parâmetros para a definição da qualidade do leite, que permite padronização dos preços e redução da sazonalidade da produção.
Simon Wallace, produtor neozelandês, apresentou os resultados da Fazenda Leitíssimo, parte do Projeto Jaborandi. Baseado no critério de maior produtividade por hectare, a propriedade utiliza animais da raça Kiwicross (cruzamento entre as raças Holandesa e Jersey) e apresentou ótimos índices de rentabilidade. “Após uma viagem de 18 meses por mais de 100 mil km do Brasil, encontrei no sudoeste baiano a melhor conjuntura de fatores ambientais para a produção, como boas chuvas, temperaturas acima dos 15ºC no inverno e abaixo dos 30ºC no verão, além de umidade baixa”, apontou Simon. O peso das vacas também é determinado entre 425 e 450 kg, o que permite ao rebanho boa movimentação, facilidade no processo de alimentação e fertilidade ideal. O uso de tintas para a detecção do período do cio e de um bebedouro por hectare são outras ações que contabilizam o sucesso da propriedade em sua produção. “O objetivo não é o de se ter uma lactação recorde com uma vaca, mas produzir-se bem, com um grande número de vacas e a um custo muito baixo. É uma ótima opção para se ter rentabilidade”, sintetiza Simon.
Fernando de Almeida Borges, da Ouro Fino Agronegócio, voltou sua atenção à bovinocultura de corte e alertou os participantes sobre a importância ambiental e financeira de um bom controle de parasitários. “O prejuízo é sempre do criador, não do frigorífico, como se costuma apontar. E essa perda de rentabilidade é desnecessária, pois boa parte dessas doenças são fáceis de ser erradicadas”, alerta Fernando. Carrapatos, bicheiras, mosca-dos-chifres e berne, além de causarem prejuízos irreversíveis ao criador, causam estresse, queda de produtividade, perda de eficiência reprodutiva e, em casos mais sérios, morte.
Dentre as principais atividades desta terça-feira (24), estão programadas as palestras da senadora Kátia Abreu, Presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), de Armando Kichel, da Embrapa Gado de Corte, que apresenta um painel sobre a integração lavoura / pecuária / floresta, e de José Lemos Monteiro, da Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul, que apresenta aos participantes a atual conjuntura mundial da produção pecuária.
Contato Com
(11) 3170-3161
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura