Mudanças na direção do Grupo Agroceres
A ferrugem alaranjada é uma das pragas que mais ameaçam a cultura da cana-de-açúcar, causando severos danos econômicos aos produtores e ao Brasil, que já se prepara para combater e controlar a doença.
O tema foi discutido no workshop Defesa Agropecuária no Contexto da Produção de Cana-de-açúcar, nesta quarta-feira (04/11), no auditório da sobreloja do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, o Mapa já investiu aproximadamente R$ 1 milhão em projetos de controle de pragas na cana-de-açúcar, inclusive a ferrugem alaranjada. No total, R$ 120 milhões estão sendo aplicados em estudos e trabalhos de defesa agropecuária, nas áreas animal e vegetal, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Além de investir na fiscalização, normatização e certificação, o nosso objetivo é promover a aproximação com o setor sucroalcooleiro, para verificar as reais necessidades do setor de cana-de-açúcar, seus produtos e subprodutos, historicamente reconhecidos por sua importância social e econômica”, finaliza o secretário.
A ferrugem ainda não foi detectada em canaviais brasileiros, mas já causou grandes danos às plantações na Nicarágua, Estados Unidos e Austrália. Nos anos 90, mais de 45% da produção australiana de cana era ocupada com uma variedade suscetível à praga, resultando em grandes prejuízos ao setor sucroalcooleiro naquele país. Segundo estudos técnicos, uma medida estratégica para conter a ferrugem é a diversificação do plantio, com limite máximo de 15% de área por variedade plantada nos canaviais. Assim, as perdas ficarão restritas às áreas das plantas que se mostrarem suscetíveis à ferrugem alaranjada, variável em função do grau de resistência.
Sophia Gebrim
Mapa
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