Mendes Ribeiro receberá casal real holandês em novembro
As reiteradas solicitações feitas pelo Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reivindicando providências para que o milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) chegue à Bahia e aos demais estados nordestinos estão sendo atendidas. O Mapa acaba de anunciar que fará compra de milho por meio de Contratos de Opção de Venda público (COV) nos estados produtores da Bahia e no Paraná. Ao todo, serão 150 mil toneladas, para este ano, sendo 75 mil no Paraná e outros 75 mil na Bahia. A operação na Bahia será destinada aos estados do Nordeste, enquanto que a produção do Paraná abastecerá Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito após reunião realizada na última terça-feira (2) entre os ministros do Mapa, Mendes Ribeiro Filho, e da Fazenda, Guido Mantega, em Brasília.
A compra do milho será autorizada por meio de Portaria Interministerial, a ser assinada entre os ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento, cabendo a operacionalização à Conab, vinculada ao Mapa. A estimativa é que sejam utilizados R$ 98 milhões nessa operação. “O objetivo do governo com a medida é viabilizar o abastecimento de milho aos criadores localizados naqueles estados”, disse o secretário de Política Agrícola do ministério, Caio Rocha.
O presidente do Conseagri, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, também titular da pasta na Bahia, elogiou a decisão do governo federal, e destacou a sensibilidade dos ministros, que entenderam a angústia dos pequenos criadores, e atenderam aos pleitos apresentados pelo Conselho. Para Salles, a notícia é muito boa, mesmo sabendo que vai demandar algum tempo para que o milho chegue até os criadores nordestinos. Além disso, ele considera alentadora a informação de que o Mapa conseguiu realizar leilões de frete e logo haverá carretas transportando grãos dos estoques da Conab no centro Oeste para o Nordeste.
De acordo com Salles, levantamentos realizados pelos secretários nordestinos mostram que, para atender às necessidades imediatas de alimentação animal nos estados do Nordeste, são necessárias hoje 120 mil toneladas de milho, o que demanda quatro mil carretas para fazer o transporte desde o Centro Oeste, onde está o estoque da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por falta de carretas, o milho não está chegando, deixando apavorados os pequenos criadores do semiárido nordestino, que assistem, sem nada poder fazer, a morte dos rebanhos.
Para resolver esta questão e evitar tragédia maior, o Conseagri está sugerindo à presidente Dilma e ao Ministério da Agricultura (Mapa) que o grão seja transportado de navio, desde o porto de Paranaguá, até os portos dos estados nordestinos, de onde a distribuição para o interior é mais rápida.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura