Uso de modelos de sistematização do solo em terras baixas terá Jornada Técnica
Embrapa e Trimble preparam programação que irá demonstrar os diferentes modelos e suas vantagens para o produtor de arroz
O governo federal vai liberar nos próximos dias o mecanismo de Aquisições do Governo Federal (AGF) para o arroz. A medida vinha sendo negociada pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) junto ao Ministério da Agricultura. A expectativa é que a publicação ocorra na próxima segunda-feira, 23 de abril, no Diário Oficial da União.
De acordo com o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, apesar de neste primeiro momento o volume ainda ser pequeno, o AGF servirá como um teste para montar uma programação maior para a ferramenta caso haja uma demanda forte pelo mecanismo. “Os produtores aguardam esta ferramenta com grande expectativa na medida em que os programas de PEP e Pepro estão andando satisfatoriamente mas com algumas dificuldades em função da competição de frete com a soja, trazendo um problema de logística”, ressalta.
Dornelles avalia que o setor vê com confiança a entrada do AGF neste momento do mercado, apesar de que a Federarroz mesmo sempre combateu a formação de estoques no Rio Grande do Sul. “Mas tivemos que dar o braço a torcer de forma que o mercado tem reagido de forma lenta ainda e consideramos que isto seria um promotor para uma velocidade maior de recuperação dos preços”, destaca.
Para o presidente da Federarroz, outro ponto positivo é a confiança junto ao Ministério da Agricultura que, nos últimos quatro anos, mesmo com a comercialização de todo o estoque do governo federal, não houve influência negativa nos preços aos orizicultores. “Isso nos dá uma confiança de que conseguimos, o setor produtivo, juntamente com os técnicos do Ministério e da Conab, formatarmos uma relação de confiança que veio a desencadear de que estes estoques futuramente não depreciarão os preços ao produtor”, observa.
Mesmo com as dificuldades orçamentárias, o governo federal vem buscando atender os pleitos do setor arrozeiro como os mecanismos de PEP, Pepro e AGF além das renegociações das dívidas, que teve no Banco do Brasil um parceiro sensível às dificuldades dos orizicultores. Dornelles destaca o papel do ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, nas negociações. "Mesmo que não estivesse nestes últimos anúncios, o ex-secretário deu apoio fundamental para que pudéssemos alcançar estes objetivos", reforça.
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