GO: Secretário da Agricultura avalia como positiva viagem à África

24.11.2008 | 21:59 (UTC -3)

Na segunda feira (24/11), o Secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Paulo Martins da Silva, em entrevista coletiva, fez um balanço de sua viagem à África. Ele esteve participando na semana passada de uma reunião plenária do Comitê Internacional da Cultura do Algodão, que aconteceu na cidade de Ouagadougou, que é o centro administrativo, econômico e cultural do país Burkina Faso, na África do Sul.

De Goiás também participaram o presidente da Associação Goiana de Produtores de Algodão e da FIALGO. A missão foi classificada pelo secretário como altamente proveitosa e produtiva, uma vez que participaram do evento representantes de mais de 100 países. Eles tiveram oportunidade de discutir os mais variados temas como o sistema de produção e o mercado internacional. Em visita a campos de produção Paulo Martins disse que na África a prática dessa cultura caracteriza pela agricultura familiar e ainda é bastante rudimentar, sem o uso de tecnologias. Entretanto é bastante representativa para a sobrevivência dos agricultores.

Ele defendeu a realização de missões como essa com a finalidade de divulgar os produtos brasileiros. Tanto que já está sendo aproveitada pelo Governo Federal uma sugestão, da qual ele é o autor, criando os adidos comerciais. Nesse evento, por exemplo, o secretário teve oportunidade de manter um contato mais aprofundado com os representantes da Ucrânia, país grande produtor de trigo, mas que depende da importação de outros produtos, como a carne.

Uma constatação, nesse evento, foi a diferença de tratamento dos países quanto ao algodão transgênico. Enquanto aqui no Brasil o assunto é considerado quase que um tabu, e sua liberação ainda está em discussão, em países africanos e mesmo aqui na América do Sul como na Colômbia, Argentina e Uruguai, onde a produção de algodão transgênico já representa cerca de 85% do total.

Paulo Martins vê Goiás com um grande potencial de aumento da produção de algodão. Antes eram exportados apenas 5% da produção estadual. Hoje já chega a 40%. "Mas além do solo fértil e clima propício para a prática dessa cultura, o algodão de Goiás apresenta uma fibra com excelente qualidade, o que facilita a sua exportação", salientou. Hoje o Estado ocupa a terceira posição à nível nacional com cerca de 10% da produção. São cerca de 300 produtores, com maior concentração na Região Sudoeste do Estado. "Entretanto já está provado que a cultura se adapta muito bem a regiões como o Nordeste e o Norte do Estado onde o clima é mais quente e seco e o solo mais árido", concluiu. Libório Santos

Fonte: Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás (SEAGRO) - www.seagro.go.gov.br

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