GO: Programa Agrinho segue para reta final da formação de professores

Nesta semana, cerca de 3.500 professores do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, das redes estadual e municipal de educação, darão início aos projetos de educação ambiental do Programa Agrinho em Goiás.

As últimas turmas de formação de docentes se encerram na sexta-feira (15/05), no Centro Pastoral Dom Fernando, em Goiânia, onde o Sistema Faeg/Senar concentrou os treinamentos. Os professores dos 66 municípios goianos que já passaram pela capacitação, receberam os livros e cartilhas que compõem o material didático do Programa. Ao todo, serão 83 municípios participantes do Agrinho e cerca de 80 mil alunos envolvidos em 2009.

O objetivo é que com as orientações recebidas durante a capacitação, os professores possam elaborar projetos pedagógicos que visem a inclusão de temas relacionados ao meio ambiente no dia-a-dia da sala de aula. Entre os temas propostos pelo Programa aos professores estão o uso do solo, da água, resíduos sólidos, agrotóxicos, agricultura, biodiversidade e mudanças climáticas. Os docentes terão o restante do ano para desenvolver seus projetos e envolver os alunos nas ações.

O Agrinho promoverá no final do ano um concurso que premiará os melhores trabalhos dos alunos, dos professores e das escolas, desenvolvidos ao longo do ano. Durante todo o mês de outubro, a equipe de seleção do Senar Goiás estará recebendo os projetos pedagógicos, as redações e desenhos dos alunos. No final de novembro, em uma grande cerimônia a ser realizada em Goiânia, os melhores trabalhos serão premiados. Na edição do ano passado, a professora que ganhou na categoria Projeto Pedagógico levou para casa um carro zero quilômetro. Este ano serão distribuídos 95 prêmios entre veículos e equipamentos multimídia.

Como nasceu

O Agrinho nasceu em Goiás no ano passado, inspirado em um programa de mesmo nome desenvolvido pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e Senar Paraná. Hoje, é o maior programa de responsabilidade social do Sistema Faeg/Senar. Desenvolvido em parceria com prefeituras, secretarias estadual e municipal de educação, agricultura e meio ambiente e instituições privadas, o Agrinho dá suporte aos docentes para que levem temas relevantes ligados ao meio ambiente para dentro das salas de aula. A intenção é garantir que as crianças, ainda na fase inicial de sua formação escolar, tenham contato com assuntos que as façam desenvolver a consciência ambiental.

Os resultados obtidos pelo Programa durante o primeiro ano de atuação em Goiás foram surpreendentes. Os trabalhos recebidos pela equipe de seleção do Senar Goiás demonstraram que, com estímulo, o tema meio ambiente ganha interdisciplinaridade nas mãos dos professores e se torna projetos palpáveis nas mãos dos alunos. “Recebemos, por exemplo, projeto de reflorestamento executado por alunos de uma escola de Piracanjuba, um projeto pedagógico de conservação de matas ciliares que nasceu na sala de aula e se tornou lei municipal em Formoso. Isso demonstra a importância do Agrinho”, diz Marcelo Martins, coordenador de Projetos Especiais do Senar Goiás.

Ele explica que trabalhando o aluno, é possível atingir os pais e, também, o restante da família. “Grande parte dessas crianças é de filhos de produtores e trabalhadores rurais. O que eles aprendem na escola levam para dentro de casa e acabam corrigindo os pais”, diz Marcelo ao relembrar que no Paraná o Agrinho nasceu devido a um grave problema com uso de agrotóxicos. Há dez anos, quando surgiu o programa por lá, o Estado do Paraná enfrentava um alto índice de intoxicação no campo devido ao uso inapropriado de defensivos agrícolas. Foi explicando às crianças os riscos e a necessidade do manejo correto desses produtos que se conseguiu, até mesmo, um melhor controle do uso de agrotóxicos na produção agrícola.

Fonte: Departamento de Comunicação do Sistema Faeg/Senar - (62) 3096-2208/2248/2115