GBCA visita fazendas paraguaias e estuda o plantio adensado de algodão

10.03.2009 | 20:59 (UTC -3)

Durante os dias 11 e 12 de fevereiro, o GBCA (Grupo Brasileiro dos Consultores de Algodão) esteve reunido na cidade de Foz do Iguaçu/PR para discutir novas propostas de plantio. O grupo, formado por 12 consultores, que representam mais de 80% do algodão tecnificado plantado no Brasil, visitou fazendas no Paraguai, avaliou os resultados da última safra e fez projeções para a cultura para os próximos anos.

Segundo o presidente do Grupo, Celito Breda, o objetivo de visitar fazendas paraguaias era conhecer melhor o sistema de plantio adensado, bastante utilizado no país. “A produtividade do algodão brasileiro vem crescendo muito, mas os custos para a produção têm crescido muito mais. Nosso objetivo, com este encontro, é ver a viabilidade de se produzir um algodão mais competitivo, sem perder a qualidade”, explicou Breda.

O presidente do Grupo acredita que o algodão adensado plantado no Paraguai e também na Argentina altera em cerca de 70% o modelo de plantio que os brasileiros estão acostumados a utilizar, e que nem todas as regiões do Brasil estão aptas a receber este novo sistema. “Temos a obrigação de questionar o sistema de plantio que se pratica há mais de 15 anos no Cerrado Brasileiro (MT, MS, GO E BA), mesmo sendo um modelo modernizado e totalmente mecanizado. Os produtores anseiam por soluções e nós, do GBCA, temos a obrigação de buscá-las”, completa Breda.

“No Brasil as plantas de algodão medem cerca de 1,20 m e as linhas de plantio que os separam, cerca de 90 cm. O algodão adensado mede menos de um metro, devido ao uso de produtos reguladores de crescimento e suas linhas de plantio são de cerca de 45cm. Com isso, o ciclo da cultura diminui e os custos consequentemente também”, explica Michel Tomazela Nessrallah, engenheiro agrônomo da Ihara, empresa facilitadora do GBCA.

Os consultores do GBCA concluíram que o encontro foi bastante positivo e que as perspectivas para o algodão nacional são boas. Segundo Jonas Guerra, consultor que também faz parte do Grupo, há diversas consultorias, todas membros do GBCA, como Astecplan, Cotton MT e Guerra Consultoria que já estão plantando algodão adensado em áreas de tamanho expressivos, pois acreditam que em regiões onde o clima é regular, com produtores que tenham acompanhamento técnico permanente, esta é uma alternativa consistente para o algodão.

Fonte: Attuale Comunicação – (11) 4022-6824

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025