Curso de Armazenagem e Conservação de Grãos em Sidrolândia, MS
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fruticultura, que aconteceu nesta quarta-feira (5), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reuniu representantes do setor produtivo e político do País para discutir questões pertinentes sobre a atividade. Luís Rangel, diretor do Departamento de Sanidade Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuário, do Ministério da Agricultura, Planejamento e Abastecimento (DSV/SDA/Mapa), esteve presente no evento e falou sobre a política fitossanitária do Brasil, abordando os desafios e as prioridades para os próximos anos, especialmente para o setor de frutas.
A análise de risco de pragas para a importação de castanhas de caju foi um dos primeiros tópicos abordados por Rangel que caracterizou as pragas em geral como barreiras clássicas do mercado agropecuário internacional. “Ela é um limitador para que a gente conquiste novos mercados no exterior, assim como para os países que desejam vender para o Brasil. Se somos grandes exportadores de castanhas de caju e queremos conservar esse status, temos que ter cuidado com o que importamos”, considerou.
Para Rangel, uma importante função do DSV é apoiar os produtores de frutas por meio de um olhar coletivo: “Quando observo a situação de algumas pragas no nosso País, correlaciono o assunto aos problemas de saúde pública, como sendo a fitossanidade coletiva”.
Garantia – O processo de normas e notificações de produtos vegetais também foi um dos assuntados levantados durante a Câmara Setorial. “O responsável por garantir a segurança, tanto a ida como a volta de uma fruta, por exemplo, é o DSV, observando a chamada certificação fitossanitária. Um dos pontos que temos de melhorar é como trabalhar na questão do Certificado Fitossanitário (CF) dos países de origem para que estes garantam a qualidade dos produtos que importamos”, analisa Rangel.
A revisão do decreto nº 24.114, de 1934, que aprova o regulamento da defesa sanitária vegetal no País, foi mencionada pelo diretor do DSV. Ele acredita ser preponderante para o desenvolvimento de políticas fitossanitárias o apoio do setor produtivo para a atualização da lei: “Essa reforma não acontece em seis meses ou em um ano, mas precisamos dar o primeiro passo e apresentar a proposta do Mapa ao Congresso Nacional”, afirmou Rangel.
Durante a reunião, a ampliação de Limites Máximos de Resíduos para o uso de defensivos agrícolas em diversas minor crops – trabalho feito conjuntamente pelo Mapa, Anvisa e Ibama – foi apresentado por Juliano Malty, representante da Anvisa. Os avanços nesta área surpreenderam os representantes da Câmara que comemoraram estas noticias como um excelente fechamento para o ano de 2014, já que estes resultados eram esperados há quatro anos. Questões sobre os novos mercados da fruticultura nacional também foram debatidas no encontro.
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