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A forte massa de ar polar que invadiu o Sul, no início da segunda quinzena do mês, favoreceu a cultura da maçã na região de Fraiburgo, em Santa Catarina. O município, localizado no centro-oeste do Estado, é um dos maiores produtores da fruta no país e corresponde a 18% da colheita nacional. Para os meteorologistas da Climatempo, a onda de frio que provocou queda de neve em mais de 100 cidades catarinenses foi considerada histórica.
Para a garantia de uma boa safra, a macieira necessita de 600 a 800 horas com temperatura mínima inferior ou próxima dos 7,2°C, dentro do período entre os meses de abril a setembro, considerado a fase de dormência da fruta. Segundo Daniele Otsuki, meteorologista da Climatempo, durante a primeira semana deste mês, a previsão é de que a temperatura mínima fique entre 9°C e 13°C e as máximas entre 19°C e 24°C. Ao longo do dia, com a presença do sol e o céu quase sem nuvens, a temperatura sobe e as tardes serão mais quentes.
Entre sexta-feira (02) e o próximo domingo (04), uma nova frente fria se aproxima da região, favorecendo a chuva em todo o Estado catarinense. Mas de acordo com Daniele, este fenômeno não trará de volta as fortes chuvas. “Esse sistema logo se afasta e o acumulado de chuva não será significativo”, afirma a meteorologista. No mês de julho, a cidade de Fraiburgo registrou aproximadamente 225 horas com temperatura dentro do padrão ideal para o desenvolvimento da cultura.
Mas, de acordo com José Luiz Petri, pesquisador da EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – a temperatura máxima pode afetar a produção. "Se a temperatura máxima ficar muito superior a 21°C durante as próximas tardes, a consequência é a anulação das horas em que o frio foi eficaz para a macieira", explica Petri.
Com referência ao período das chuvas, não há formas prejudiciais para a cultura da maça, a não ser que os volumes acumulados sejam extremamente elevados. Segundo Petri, ainda falta muito tempo para que os fruticultores catarinenses saibam de forma estimada qual será o resultado da próxima colheita, uma vez que a previsão para o término da safra se dá entre a segunda quinzena de fevereiro a maio do próximo ano.
Créditos: Flávio Gassen
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