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Acontece nesta quarta-feira (23) a primeira Assembleia de Credores do Grupo FRIGOL, em Lençóis Paulista (São Paulo), cidade sede da organização. A empresa, de porte médio e com 41 anos no ramo de carnes e derivados, vai para a mesa de negociação com os credores confiante na aprovação do plano de recuperação proposto à Justiça.
Os diretores do Grupo FRIGOL têm motivos de sobra para apostar na aprovação do plano. A empresa tomou as primeiras medidas de ajuste já no instante em que pediu a recuperação judicial, em setembro do ano passado. Desde então, adotou práticas internas para antecipar o reequilíbrio das contas, visando voltar à operação normalizada o mais rápido possível. A estratégia deu certo.
A FRIGOL mantém a produção em suas plantas em 75% do volume pré-crise, já repôs a maior parte dos postos de trabalho que havia fechado e está em plena recuperação do mercado. Além disso, reconquistou a confiança de credores, fornecedores e autoridades das localidades onde está instalada.
Em Lençóis Paulista, por exemplo, cidade em que a FRIGOL tem sua planta mais antiga e sua sede administrativa, a prefeita Izabel Cristina Campanari Lorenzetti (PSDB) declara apoio à recuperação. Ela acredita na recuperação total da empresa e em sua volta à normalidade, em breve. “São empresários trabalhadores, que conhecem o negócio como ninguém. Vão dar a volta e se superar”, disse.
Outro personalidade importante a demonstrar confiança na recuperação da FRIGOL é o juiz Mário Ramos dos Santos, responsável pela 2ª Vara de Justiça, onde tramita o processo de recuperação judicial. De acordo com ele, o plano substitutivo apresentado na semana passada fez aumentar a expectativa de quitação da dívida. “Estou bastante confiante”, anuncia.
O mesmo apoio vem de lideranças como a diretoria regional da Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Sindicato das Indústrias de Alimentação. O diretor da entidade patronal já deu declarações públicas de que acredita na recuperação da empresa. “São empresários idôneos, é uma empresa de tradição. As notícias que temos dão conta que o momento mais difícil já passou”, avalia Mário Sílvio Baptistella, do Ciesp.
Presidente do Sindicado dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação, Antonio Carlos de Oliveira Mateus também referenda a afirmação. “A FRIGOL achou o caminho para acertar com os trabalhadores”, diz e complementa: “em minha opinião, temos que aprovar a recuperação. O ramo frigorífico é viável”.
Fora da cidade sede, outras lideranças reforçam o time dos que confiam na recuperação e até na expansão da empresa. Na cidade de São Félix do Xingu, no sul do Pará, onde está com uma base prestes a ser implantada, o Grupo FRIGOL deverá empregar cerca de mil trabalhadores, promovendo grande giro na economia local. O prefeito da cidade, Antonio Levino, avalia que submeter-se a um processo de recuperação judicial foi uma medida corajosa, tomada por empresa idônea que quer retomar o crescimento após a crise econômica mundial.
Para o prefeito Levino, o Grupo FRIGOL merece todo o apoio dos produtores que têm contas a receber da empresa. “O acordo, o crédito de confiança, é a melhor maneira de se resolver essas pendências. Acordos estão feitos por todo o País, está todo mundo endividado. Tem gente séria que quer fazer seus pagamentos, se acertar com seus credores e os diretores da FRIGOL são desses”, afirmou o prefeito. Ele disse que acredita no crescimento do grupo e espera que, tão logo aconteçam essas assembleias com os credores, seja inaugurado em São Félix do Xingu, um novo empreendimento do Grupo FRIGOL que irá movimentar a economia no município.
“Foi a medida mais correta, mais acertada esse pedido de recuperação judicial”, disse, confiante, o presidente do Sindicato Rural de São Félix do Xingu, José Wilson. Ele lembrou que o Grupo FRIGOL, com sede em Lençóis Paulista, está estabelecido no Estado do Pará e também no Mato Grosso. “Só aqui nós vamos ter muita gente empregada, dependendo do funcionamento da base do FRIGOL em nosso município. Eu estive participando de algumas reuniões dos diretores do frigorífico com o empresariado da região nas cidades de Redenção, Água Azul do Norte e aqui, em São Félix, e fomos informados que tão logo sejam realizadas essas assembleias, nossa base será ativada”, informou o sindicalista. Em sua opinião, os produtores devem colaborar, negociar e ajudar a empresa a superar a crise.
Outro sindicalista entusiasmado com a possibilidade de retomada do crescimento da FRIGOL na região sul do Pará é o presidente do Sindicato Rural de Xinguara, Owaldo Assunção. Ele lembra que crises existem e devem ser solucionadas. E acredita que todos os produtores e fornecedores do FRIGOL deverão se reunir na quarta-feira, em Lençóis Paulista. Em seu entendimento, ele afirma que quanto mais rápido for desenvolvido o trâmite do processo, o frigorífico retoma sua rotina de geração de emprego e renda no Estado, bem como nos outros lugares do país onde tem suas bases operacionais.
OTIMISMO
De acordo com a direção do Grupo FRIGOL, o momento mais difícil já passou. O plano de recuperação prevê ações da empresa para quitar suas dívidas, hoje calculadas pelo administrador judicial na casa dos R$ 140 milhões. No entanto, a empresa pontua que esses valores são menores, em torno de R$ 120 milhões (bem abaixo do valor estimado pelo administrador judicial, que estaria superestimado). Uma boa parte das dívidas trabalhistas já foi paga e o FRIGOL começa a sua assembleia de credores com um saldo devedor que representa 17% do seu faturamento anual.
Saulo Adriano
Assessoria de Imprensa
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