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O crescente aumento de demanda por alimentação no mundo, provocado pela globalização e ascensão de uma “classe média global” em países emergentes, coloca produtores de alimentos e governos em uma situação única na história. São 3,7 bilhões de pessoas ascendendo socialmente e buscando alimentos com maior valor agregado e processados – alguns até mais saudáveis. O número assusta, mas acaba encobrindo outros 1,4 bilhões de habitantes, a maioria de países do interior da África, excluídos do mercado de alimentos por serem extremamente pobres. Na outra ponta, 700 milhões, habitantes dos países emergentes e também dos já consolidados na corrida do desenvolvimento econômico, consomem cada vez mais calorias e já começam a se preocupar com ganhos de peso e doenças provenientes dos maus hábitos alimentares.
Esse panorama complexo foi exposto pelo diretor da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, no 47º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, realizado em Londrina (PR). Durante a palestra Impactos econômicos e sociais das doenças em plantas, Galvão, especialista em administração de empresas, ressaltou os problemas geopolíticos da distribuição de alimentos no mundo, sem deixar de analisar seus principais entraves – fornecimento de matrizes energéticas, guerras, oscilações no mercado e crises econômicas – para chegar num ponto, na sua visão, crucial: os erros políticos.
“Os erros políticos são as maiores causas desses problemas alimentares. Grande parte da fome no mundo está no campo, onde nós não conseguimos garantir o sustento do agricultor, que se vê obrigado a migrar para a cidade em busca de mais conforto”, explicou. A falta de acesso à tecnologia pelo pequeno produtor, segundo ele, também é um grande entrave na produção e sustento. “Não falta terra. A solução não é reforma agrária, e, sim, acesso tecnológico”, opinou.
Com quase todas as áreas de boa qualidade ocupadas para produção no mundo, expandir a área de plantio para outras regiões – muitas delas desertas, rochosas ou em conflitos étnicos, econômicos ou políticos – é seguir rumo ao fracasso, para o consultor. A saída, continua, estaria na “expansão da pesquisa”, que aumentaria a produtividade sem depender de novas áreas de cultivo.
Outro problema debatido por Galvão é a crescente – e mundial – inflação do preço dos alimentos, impulsionada pelo preço de insumos e de combustíveis. No entanto, os efeitos desse aumento não são constantes: se um consumidor médio no Brasil gasta em torno de 1/3 com alimentação, nos EUA esse gasto gira em torno de 10% do salário de um estadunidense “comum”. Soma-se a esses fatores o grande crescimento de uma “nova classe média” chinesa, novos consumidores que, em potencial, exercem grande pressão nos produtores de todo o mundo, de acordo com o consultor.
A promoção do evento é da Sociedade Brasileira de Fitopatologia e realização da Universidade Estadual de londrina (UEL), EMBRAPA Soja e Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).
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