Massey Ferguson entrega primeira colheitadeira pelo ‘Mais Alimentos’ do Brasil
A XVIII Conferência da Organização Internacional de Virologistas de Citros acontecerá no Brasil, sob coordenação do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), por meio do Centro de Citricultura Sylvio Moreira-IAC. O evento será em Campinas, no Royal Palm Plaza & Resorts, de 7 a 12 de novembro.
O mais importante fórum de discussão sobre doenças de citros irá reunir pesquisadores de 21 países. Estarão presentes representantes da África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, China, Costa Rica, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Índia, Israel, Itália, Japão, Líbano, Malásia, Nigéria, Peru, Uruguai e Turquia, esta sediou a última edição do evento, realizado a cada três anos.
“O foco está nas doenças transmitidas por enxertia, consideradas as mais limitantes e desafiantes para a citricultura mundial”, diz o presidente da comissão brasileira e pesquisador do IAC, Marcos Antonio Machado. O pesquisador refere-se ao huanglongbing (greening) — que concentrará as discussões em função da severidade para a citricultura mundial —, e doenças como a clorose variegada dos citros (CVC), tristeza, leprose e morte súbita.
Machado explica que essas doenças ocorrem em todos os países citrícolas, mas apresentam maior severidade no Brasil. A explicação está na grande extensão dos pomares brasileiros. O pesquisador do IAC, que também coordenou a Conferência no Brasil em 1998, diz que esses encontros são importantes para proporcionar o debate sobre a evolução dos estudos, aspectos de legislação e como os cenários evoluem em cada país, ressaltando que as doenças são consequências da globalização. “Os participantes trazem resultados novos e discutem problemas velhos”, resume.
Dentre os trabalhos que serão apresentados, há vários estudos desenvolvidos no Centro de Citricultura do IAC envolvendo greening, CVC, leprose e biologia molecular. Será apresentada pesquisa do IAC sobre Xylella fastidiosa, agente causal da CVC, envolvendo genoma funcional e que ampliou o conhecimento sobre mecanismos de patogenicidade e controle do patógeno.
O foco da atenção para o greening, segundo Machado, justifica-se pela severa disseminação. Em São Paulo, durante seis anos, três milhões de plantas foram erradicadas. Cerca de 2% do parque citrícola paulista, composto por 200 milhões de pés, estão infectados. E para cada planta infectada, há, aproximadamente, outras dez que não apresentam sintomas. “Se todos fizessem o manejo integrado e coletivo, seria viável”, diz. Machado reforça a relevância da ação conjunta de manejo. “O vetor não conhece fronteira”, afirma. O município de Araraquara, no interior paulista, chamada pelo pesquisador de “centro da doença”, tem cerca de 50% dos pomares infectados em menor ou maior grau. O cancro cítrico, que sempre existiu na citricultura, também fará parte dos debates.
O evento
A XVIII Conferência da Organização Internacional de Virologistas de Citros será composta por sessões plenárias e de pôsteres. Haverá também visitas técnicas a pomares próximos ao Centro de Citricultura do IAC, nos municípios de Conchal, Araras e Mogi Mirim, onde serão observadas ocorrências severas de greening, clorose variegada dos citros (CVC) e leprose.
Realizada da cada três anos, a Conferência já ocorreu no Brasil em 1963, 1998 – também sob coordenação do IAC —, e agora. O evento, com cerca de 140 presentes, terá o inglês como idioma e não haverá tradução simultânea.
Confira a programação detalhada no www.iocv2010.net.br.
Carla Gomes
Assessora de Imprensa – IAC
(19) 2137-0613
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura