SC Safra 2025/26: queda nos preços do arroz preocupa produtores
Boletim da Epagri aponta recuo de área e produtividade, enquanto milho avança e maçã deve ter forte recuperação
PUBLIEDITORIAL
O calendário 2024/25 reviu a importância do milho no agronegócio brasileiro. A Conab projeta safra recorde de 350,2 milhões de toneladas de grãos, com recuperação do milho e recomposição de estoques após a quebra anterior — ambiente que devolveu previsibilidade às vendas e ao planejamento de portfólios pelas sementeiras. O cereal quebrará o recorde na produção, podendo alcançar 139,47 milhões de toneladas. A “super safra” garante a soberania alimentar do Brasil e dos países que dependem da nossa produção, além de reforçar também a soberania energética e a sustentabilidade com os biocombustíveis, como o etanol de milho
No Centro-Oeste, em especial Mato Grosso, o mercado é ainda mais favorável. O estado deve colher 55,1 milhões de toneladas de milho em 2024/25 (alta de 12,9%), mantendo a liderança nacional e puxando oferta e exportação pelo Arco Norte. Ao mesmo tempo, a demanda doméstica ganha um novo piso com a expansão do etanol de milho e de coprodutos (DDG/WDG) para ração animal: em 2025, o biocombustível oriundo do cereal deve alcançar cerca de 10 bilhões de litros, mais de um quarto de todo o etanol do país, segundo a UNEM (União Nacional do Etanol de Milho), que reúne os fabricantes do setor.
Esse pano de fundo favorece a estratégia da Forseed em focar na safrinha — prioridade declarada da marca — com o híbrido FS695, lançado em 2024. A semente precoce avança em Mato Grosso (o maior mercado da marca) e consolida presença também nos outros estados do Centro-Oeste, e em Maranhão, Tocantins, Piauí e chega ao Sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Nos ensaios Dakar Pesquisa Agrícola + Agro Star, coordenados pelo ESALQ Lab neste ano em Alfenas (MG), o FS695 liderou a produtividade, com 168 sacas por hectare. No ranking do Grupo Prediger ao longo da BR-163 (MT) — referência para avaliação independente no Centro-Oeste —, a semente ficou em 3º lugar entre 60 produtos, com 224,24 sacas por hectare, um salto em relação ao desempenho anterior (da 15ª para a 3ª posição). A meta é liderar o mercado. Já no ensaio realizado pela PA Consultoria, o híbrido se destacou, ficando em 1º lugar entre 50 produtos no plantio de terceira época.
“O FS695 é um híbrido de alto potencial produtivo, que se destaca pelo excelente pacote agronômico. Apresenta elevada tolerância à Bipolaris maydis, ao CMV (Complexo de Molicutes e Viroses) e ao estresse hídrico, além de baixo fator de reprodução para os nematoides Pratylenchus brachyurus, Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica - agentes que podem causar prejuízos econômicos significativos à cultura”, afirma Élcio Marques, Gerente Nacional de Marketing da Forseed. “Por ter um fator de reprodução menor para nematoides, o FS695 pode ser uma excelente ferramenta para o manejo dessas doenças nas principais regiões do Brasil, como o estado de Mato Grosso”, acrescenta o executivo.
O ciclo 2024/25 foi particularmente pressionado por doenças foliares no Centro-Oeste, com foco em Bipolaris. A sanidade observada no FS695 — somada ao desempenho em ambientes de déficit hídrico — explica a escalada do híbrido entre os preferidos pelos produtores rurais do Cerrado. Mas a aplicação do híbrido é ampla: ele pode ser plantado em praticamente todo o Brasil durante o verão e a safrinha. No verão, destaca-se especialmente em Minas Gerais, Goiás, Bahia, Piauí e São Paulo. Já na segunda safra, o material mostra excelente desempenho em Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Maranhão, Tocantins e Pará.
A Conab estima alta anual de 11% na produção de milho 2024/25 no Brasil, sustentada por produtividade e leve expansão de área, com a segunda safra respondendo pela maior parte do volume. Em Mato Grosso, o IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) aponta oferta e demanda recordes para 2024/25, com 55,10 milhões de toneladas de disponibilidade e 53,70 milhões de toneladas de uso total — combinando exportação firme e consumo interno crescente.
A expansão do parque de etanol de milho — concentrado em Mato Grosso e estados vizinhos — segue demandando o cereal. A UNEM projeta a participação da commodity acima de 25% no “mix” do etanol em 2025, consolidando a industrialização do cereal no Centro-Oeste. E há ainda a valorização de coprodutos como o DDG, importantes para a cadeia de proteína.
No custo de produção, em agosto deste ano o IMEA projetou para 2025/26 um COE (Custo Operacional Efetivo) de R$ 4.782,75/ha e COT (Custo Operacional Total, que inclui o COE) de R$ 5.372,17/ha, números que reforçam a busca por materiais estáveis. “É com esse cenário que o FS695 se torna mais competitivo para o produtor”, ressalta Élcio.
Com uma rede de assistência técnica próxima ao produtor, a marca trabalha para tornar o FS695 um “blockbuster” de vendas. “O campo está mostrando o diferencial do nosso produto, que mescla alta produtividade com sanidade — e o produtor percebe. O híbrido nasceu em 2024 já em ambientes de pressão hídrica e enfermidades, mas performou bem também no verão em Minas e Goiás, o que amplia a sua utilização em todo o país”, finaliza o executivo da Forseed.
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