Norte Show 2025 acontece de 14 a 17 de abril, em Sinop (MT)
O lançamento ocorreu nesta semana, destacando a expansão e construção de um novo parque para 2027
Formigas cortadeiras (Formica polyctena) estão sendo reconhecidas como agentes eficazes no combate a doenças fúngicas em cultivos agrícolas. Estudo dinamarquês detalha como essas formigas e os microrganismos associados a elas inibem o crescimento de fungos que causam podridão marrom e sarna da maçã, entre outras doenças prejudiciais a diversas culturas agrícolas.
As formigas não só caçam insetos como larvas de mariposa do inverno, mas carregam em suas patas bactérias que produzem compostos antimicrobianos potentes.
Experimentos mostraram que as substâncias transferidas pelas formigas impedem o crescimento de fungos patogênicos como Monilinia fructigena, responsável pela podridão-marrom, e Venturia inaequalis, causadora da sarna da maçã. Além disso, algumas dessas bactérias também atuam contra o mofo cinzento e o Fusarium.
Baseado nesses resultados, o projeto AntFarm foi lançado para avaliar a viabilidade de criar e transferir formigas cortadeiras para pomares orgânicos. A proposta busca integrar o uso de formigas como ferramenta de manejo biológico, reduzindo a dependência de produtos químicos.
Além do controle de doenças, as formigas ajudam a aumentar a biodiversidade dos pomares, criando ecossistemas mais equilibrados.
“Ao mesmo tempo que combatem pragas, as formigas têm o potencial de promover uma agricultura regenerativa, sem os impactos negativos dos pesticidas químicos”, destaca Ida Cecilie Jensen, da Universidade de Aarhus.
Os estudos demonstraram que formigas são altamente organizadas em relação à higiene, mantendo "lixões" fora do ninho e utilizando glândulas que secretam substâncias antibióticas.
Os microrganismos presentes em suas patas são transferidos para superfícies por onde passam, criando uma barreira natural contra patógenos.
Os pesquisadores também destacaram o impacto econômico e ambiental da inovação.
“Cerca de 20-40% da produção agrícola global é perdida devido a doenças e pragas”, ressalta Joachim Offenberg, coautor do estudo.
Embora promissoras, a implementação prática das formigas no manejo agrícola ainda enfrenta desafios, como a necessidade de estratégias para evitar que elas protejam insetos pragas, como pulgões.
No entanto, soluções como alimentação suplementar e controles biológicos direcionados estão sendo desenvolvidas.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.1007/s00248-024-02464-2
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