Fiscais participam de caravana destinada a esclarecer produtores sobre lagarta que ataca a soja

13.12.2013 | 21:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

Fiscais agropecuários de defesa vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Cooperativismo (Seapa) participam, desde o início da semana, de caravana da Embrapa destinada a orientar técnicos do meio rural sobre o combate à lagarta Helicoverpa armigera. Nesta quinta-feira (12), os profissionais estão em Santa Rosa, onde debatem, por exemplo, motivos que levaram a praga tóxica - oriunda da Ásia - a se estabelecer nas lavouras brasileiras, medidas de controle a partir do monitoramento, correta identificação e uso eficiente de produtos químicos.

No Estado, a caravana é coordenada pela Embrapa Trigo em parceria com a Emater, e o apoio da Universidade Passo Fundo (UPF). Umas das pragas mais temidas por agricultores que plantam soja, já deixou rastros bilionários em estados como a Bahia, que decretou situação de emergência fitossanitária. No RS, embora tenha sido detectada em algumas regiões com maior produção, prevalece por enquanto consenso de que não há motivo para alarde.

Para acompanhar a sua evolução e detectar focos, a Seapa e as instituições de pesquisa implantaram dezenas de armadilhas com feromônio em dez regiões onde há suspeitas de aparecimento da lagarta. Existem pelo menos 640 relatos ao redor do mundo de resistência a inseticidas, situação semelhante encontrada no Brasil. O uso abusivo de defensivos acabou eliminando das lavouras muitos predadores naturais como joaninhas, vespas, vírus, fungos e bactérias.

Por isso, pesquisadores discutem o manejo integrado de pragas. Segundo estudos, a utilização repetitiva de transgênicos com o mesmo gene na área de cultivo, como algodão e milho, por exemplo, pode ter selecionado pragas mais tolerantes. Muitas vezes ignoradas pelo produtor, estratégias recomendadas em pesquisas indicam que manter áreas de refúgio poderiam retardar a evolução dessa resistência, quando insetos também resistentes podem acasalar com outros suscetíveis.

As ações também contemplam extensionistas, técnicos de cooperativas, sindicatos e associações rurais, devendo atingir cerca de seis mil pessoas em todo o país.

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