Firjan cria Fórum para discutir rumos da agroindústria no RJ

11.12.2009 | 21:59 (UTC -3)

A Firjan criou o Fórum de Agroindústria do Estado do Rio de Janeiro para discutir com empresários, pesquisadores, técnicos e autoridades as pontecialidades e gargalos do setor, as tendências de mercado e a formulação de políticas públicas para fortalecer as cadeias produtivas vocacionadas da região.

Durante o primeiro encontro, realizado dia 7 na sede da Firjan no Rio, o grupo teve acesso a uma análise sobre as potencialidades da agroindústria ligada a produção de madeira.

A análise aproveitou os estudos de silvicultura da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e dados do Sebrae sobre consumo de madeira. Apesar da atividade indicar rentabilidade de R$ 1.200 por hectare/ano para produção de madeira, o Estado tem apenas 18 mil ha plantados com eucalipto, cedro australiano e pinus.

Dentro de cinco anos, a silvicultura deve oferecer ao mercado cerca de 4 milhões de metros cúbicos de madeira. Esse volume praticamente representa o volume consumido hoje por ano no Rio de Janeiro, sendo que há uma tendência de aumento da demanda por madeira em quase todos os Estados.

O Rio tem cerca de 700 mil hectares de áreas abertas ou degradadas que poderiam ser recuperadas e adequadas para a produção madeireira. No Espírito Santo, por exemplo, a silvicultura ocupa 200 mil hectares. “A legislação nesse setor já tirou muitos entraves, mas ainda há dificuldades com licenciamento, tributação, crédito e deficiência de assistência técnica. Ao encarar e resolver parte desses gargalos criamos condições para atrair empresas âncoras no ramo de papel, celulose e siderurgia”, avaliou Antônio Salazar, do Grupo Executivo de Agroindústria da Firjan e membro do Conselho de Administração da Embrapa.

Para o secretário estadual de Agricultura, Cristiano Áureo, debates como este vão ajudar a resgatar o setor agroindustrial do Rio que já foi pujante. “Já demos passos para reestruturar o sistema de pesquisa e extensão rural via convênio com a Embrapa. Agora, temos que agregar os empresários para reconquistar a economia do campo”, frisou.

A chefe geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Regina Lago, afirmou que o Fórum é uma instância importante de debate e organização. “A aproximação dos atores envolvidos permite ver com mais clareza os cenários e os desafios para a pesquisa, o setor produtivo e a gestão pública”. O próximo encontro do Fórum ainda não tem data marcada, mas um dos temas propostos é agroindústria de alimentos.

Outras informações: Regina Lago (

), Chefe Geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos - 21 3622 9600

Soraya Pereira

Embrapa Agroindústria de Alimentos

21 3622 9739 /

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