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A dilatação do prazo final da segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa para o dia 15 de dezembro foi comemorada pelos pecuaristas baianos, durante a abertura oficial da 21ª Fenagro. Na Bahia, estado que pertence ao Circuito Pecuário Leste, junto com Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro e parte de Minas Gerais, a vacinação deveria terminar no domingo (30), mas, com a seca que se abateu no estado nos últimos meses, os produtores baianos, representados pela Associação Baiana de Criadores (Abac), pleitearam a prorrogação do prazo, alegando a fragilidade do rebanho para receber a segunda dose da vacina.
Em seu discurso, o presidente da Abac, Jaime Fernades, considerou “acertada” a decisão governamental. “Já perdemos muitas reses neste longo período de estiagem. Seria um risco muito grande vacinar o gado tão debilitado. As perdas seriam muito maiores. Agora, com a chuva que já começa a cair, os criadores poderão cumprir o compromisso de manter a Bahia longe da febre aftosa.
Para o recém-empossado secretário de Agricultura Roberto Muniz, esta é uma vitória dos criadores baianos organizados. “O Governo do Estado compreendeu a situação dos pecuaristas, neste momento de dificuldade. Levamos o pleito ao Ministério da Agricultura, que atendeu de imediato o pedido”, disse o secretário, salientando que o importante é que a Bahia consiga a cobertura vacinal total do rebanho. Na primeira etapa, realizada no mês de março, a Bahia alcançou uma cobertura vacinal de 96,8%, índice muito superior ao recomendado pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), que é de 90%.
“Necessitamos manter o nosso status de Zona Livre da Aftosa, porque disso depende todo comércio do gado para o país. E o impacto não se restringe à pecuária. Existem países que não compram nem produtos vegetais em zonas que não estejam livres da doença”, acrescentou.
O Governador Jaques Wagner disse que não interessa à Bahia ser um ponto isolado, na região, livre da Aftosa, alertando para a necessidade de se reduzir a chamada Zona Tampão. “E me reuni, recentemente, com os governos de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Piauí para dizer que eles precisam fazer o dever de casa e também ficarem livre da doença”.
Gabriel Gomes e Catarina Guedes
Fenagro 2008
(71) 8881-8064
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