FederUnacoma defende abertura de mercados e cooperação digital

Durante conferência em Como, entidade italiana pede fim do protecionismo

03.10.2025 | 10:05 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações da FederUnacoma

A FederUnacoma cobrou maior abertura comercial e integração técnica entre Europa e América do Norte durante a 41ª edição da Conferência sobre Agricultura UE-América do Norte, realizada em Como, na Itália.

A presidente da entidade, Mariateresa Maschio, afirmou que não há possibilidade de cooperação técnica sem o reconhecimento das emergências demográfica e ambiental. Segundo ela, é necessário seguir as recomendações científicas e fortalecer o comércio agrícola frente à concorrência dos países emergentes.

O evento reuniu mais de 250 representantes do setor agroindustrial da União Europeia, Canadá, México e Estados Unidos. O momento é delicado para as relações comerciais transatlânticas. Por isso, o encontro buscou renovar o diálogo político e reforçar a complementaridade entre os sistemas econômicos. O ministro italiano da Agricultura, Francesco Lollobrigida, lembrou que o setor deve, além de produzir alimentos, proteger o meio ambiente e as comunidades rurais.

O vice-diretor da FederUnacoma, Fabio Ricci, alertou para o impacto negativo das tarifas sobre as exportações de máquinas agrícolas para os Estados Unidos. Segundo ele, a restrição comercial compromete o faturamento das indústrias europeias e sua capacidade de investir em pesquisa e inovação. Também afeta os agricultores norte-americanos, que utilizam tecnologias fabricadas na Europa, especialmente para cultivos especializados como uva e frutas.

A cooperação também avança na área científica, especialmente no desenvolvimento de tecnologias digitais. Durante o painel “Dados e Agricultura”, Alessio Bolognesi, chefe de tecnologias digitais da FederUnacoma, destacou a importância da interoperabilidade dos dados para o avanço da mecanização. Ele explicou que o novo regulamento europeu, o Data Act, redefine o acesso às informações agrícolas, garantindo mais benefícios aos produtores. Citou ainda iniciativas como ISOBUS, AgIN e ADAPT, que promovem padronização e conectividade.

Para Bolognesi, a troca eficiente de dados entre equipamentos e sistemas é essencial para aumentar a produtividade e a sustentabilidade no campo.

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