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Como funciona o motor a diesel e por que ele é mais econômico, potente e mais resistente quando comparado com o motor movido a gasolina
O cultivo de cítricos é um mercado de grande importância para o Brasil. A laranja por exemplo, é fundamental para o País, maior produtor mundial da fruta e que representa 80% da exportação de suco. Embora seja uma cultura fundamental, o setor ainda é carente de tecnologias exclusivas para ajudar os produtores a obter maior produtividade. A maiorias das soluções existentes no mercado, como monitoramento por drones, por exemplo, foram desenvolvidos para outros cultivos e posteriormente adaptados aos pomares.
A Adroit Robotics, uma startup brasileira, desenvolveu, especialmente para a citricultura, uma tecnologia chamada de LeafSense, que combina inteligência artificial e sensores inteligentes, o que permite aos produtores finalmente aplicar agricultura de precisão em seus pomares, otimizando a produtividade e reduzindo custos.
“Nossos sensores capturam imagens de altíssima resolução, com uma visão frontal da árvore, analisam frutos e árvores um a um e entregam análises precisas de produtividade e saúde do pomar. Estágio de maturação, quantidade e calibre dos frutos, densidade das árvores, volume das copas e frutos no chão. Além de estimativas de safra, detecção de pragas e inventário de árvores, de forma totalmente automatizada. É como uma ressonância magnética do pomar”, explica Angelo Gurzoni Jr, um dos sócios fundadores da empresa.
Todas essas vantagens despertaram o interesse do grupo Alfacitrus, um dos 5 maiores produtores de laranjas e tangerinas do Brasil. Por ano, produzem cerca de 1,5 milhões de caixas das frutas que abastecem o mercado interno, centros de distribuições e grandes redes de varejo, como o Carrefour, um dos maiores clientes do grupo.
Com 1.600 hectares de pomares, o grupo tem propriedades nas cidades de Botucatu, Engenheiro Coelho e Mogi Mirim, todas localizadas no interior paulista. De acordo com Pedro Luiz Fávero Filho, engenheiro agrônomo e gerente agrícola da fazenda, o primeiro contato com a ferramenta Leafsense foi em 2018. Acharam interessante a solução oferecida e resolveram apostar na ideia. “Começamos auxiliando a startup com experimentos, fornecendo algumas informações, e validando os resultados a campo para aperfeiçoar a solução. De lá até o começo de 2020 foi assim, apenas testes”, destacou.
Muito animados com os dados obtidos nos experimentos, e confiantes que a ferramenta estava no caminho certo, resolveram aplicar a tecnologia em 100% da área de uma das fazendas do grupo, (cerca de 270 hectares) nesta safra 2020/2021. De acordo com Fávero Filho, vários fatores motivaram a aposta definitiva nos sensores, “uma vez que se trata de uma tecnologia de monitoramento desenvolvida exclusivamente para o setor de citros, por profissionais especializados e isso é um grande diferencial”.
Combate dos danos por doenças
A solução da Adroit ajuda também a resolver um dos grandes gargalos da produção de cítricos, o controle de inventário de árvores. Por conta de doenças altamente destrutivas que afetam os pomares, muitas delas são erradicadas e os produtores não conseguem gerenciar a tarefa de replantio e cuidado das mudas. A bactéria causadora do greening, por exemplo, faz com que árvores novas afetadas não cheguem a produzir e as adultas em produção sofram queda prematura de frutos e definhem ao longo do tempo. Elas precisam ser erradicadas e substituídas.
“O manejo da doença exige que se erradique a planta e, se você tiver interesse de seguir, tem que replantar. Isso vai tomando uma dimensão que chega no instante em que você tinha mil plantas no início, e vai replantando tanto, que perde o controle. E muita gente não faz o acompanhamento da erradicação. Isso vai interferir diretamente na produtividade. Com os sensores da Adroit, conseguimos ter esse controle. Fazendo essa leitura, é possível ter um diagnóstico de plantas doentes para assim fazer a varredura”, destaca Fávero Filho.
Contagem e classificação confiável de frutos
Outra grande vantagem da tecnologia é a contagem de frutos nas árvores e a leitura de frutas no chão. Segundo o gerente agrícola, para o grupo, que tem a maioria das vendas focadas nas frutas in natura, ter frutos de calibre mais alto significa maior faturamento. “Quando se trabalha com a indústria, o tamanho não compromete, mas para nós ter frutas maiores é um grande diferencial no mercado”, destaca.
Planejamento facilitado
Os sensores da Adroit também possibilitaram à Alfacitrus melhor planejamento da safra. Com a contagem das árvores e frutos ainda em campo, é possível desenvolver uma estimativa de safra precisa. Desta maneira, conseguem ter um diagnóstico de quais talhões tem porcentagens de frutas maiores para selecionar a colheita e mandar para o packing house. Para quem não está habituado, o packing house é uma instalação onde elas são recebidas, selecionadas, lavadas e empacotadas, antes da distribuição no mercado.
Segundo Fávero Filho, os testes já comprovaram que a tecnologia pode proporcionar um rendimento melhor no packing house, pois a seleção das frutas maiores já começa no campo. “Além de termos um ganho maior na seleção para a embalagem, podemos deixar as menores que ainda podem se desenvolver mais tempo no pomar. As vezes a fruta está pronta, mas ela tem ainda espaço para crescimento”, afirma.
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