Dia de campo apresenta nova cultivar de arroz da Embrapa
É a primeira cultivar resistente a herbicida do grupo das imidazolinonas, lançada para a região Tropical do Brasil
A tecnologia tem ajudado o agricultor a tomar decisões de forma cada vez mais rápida e precisa, fazendo com que ele consiga corrigir possíveis erros e problemas que podem acontecer durante a safra, muitas vezes, em tempo real. Para que essas ferramentas funcionem de forma adequada, é preciso que haja conectividade no campo, mas essa não é a realidade no setor agrícola no Brasil.
Segundo um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados móveis ainda não chegaram a todos os produtores. A pesquisa aponta que, de 2016 para 2017, o número de domicílios na zona rural com acesso à internet pulou de 33,6% para 41%. Na área urbana, a conectividade chegou a 80,1% (em 2016 era 75%). Porém, mesmo com esse aumento, esse cenário ainda precisa melhorar. No campo, 21% dos entrevistados pelo IBGE disseram não ter internet por falta de disponibilidade na região.
Em sua fazenda de 3.500 hectares na região de Ponta Grossa, no sudeste do Paraná, Cassio Kossatz faz uso de diversas tecnologias na área onde planta feijão, milho e soja no verão; e trigo, cevada e aveia, no inverno. Apesar de ter tantas ferramentas que podem ajudá-lo a aumentar a produtividade e a ter uma gestão mais eficiente da lavoura, do plantio à colheita, ele esbarra na falta de conectividade no campo.
"Nossa região não é uma das piores em conexão, temos esse privilégio na região Sul. No entanto, mesmo assim, eu tenho dificuldade em usar funcionalidades de algumas plataformas por conta do sinal inconstante. Na nossa propriedade, nós investimos em internet no barracão e conseguimos passar os dados no fim do dia, isso é um grande avanço, mas não é o suficiente", comenta o agricultor.
Pensando nisso, oito empresas de referência nos setores de agronegócio e telecomunicações – AGCO, Bayer (por meio da Climate FieldView, seu negócio de agricultura digital), CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble – apoiam uma iniciativa que busca dar solução à qestão de falta de conectividade no campo. A iniciativa, denominada de ConectarAgro, busca promover tecnologias abertas, conectar máquinas e pessoas, visando mais liberdade e flexibilidade ao usuário final dessas tecnologias, o produtor rural. Esse conceito é o diferencial da ação.
A iniciativa visa contribuir para que o agricultor possa usar, de forma completa, os recursos já disponíveis de agricultura de precisão, digital e automação, além de ter acesso à uma infinidade de novos produtos e serviços habilitados com a existência da conectividade, otimizando o negócio. Cada empresa que integra essa iniciativa contribui com expertise e experiência própria para ajudar a criar um ecossistema favorável à inovação, melhorar e desenvolver as condições para a conectividade no campo.
A expectativa é que até o final de 2019 o acesso à internet esteja disponível em 5 milhões de hectares pelo país, sendo 1 milhão de pequenos produtores. De acordo com o gerente de produto da Climate para a América do Sul, Guilherme Belardo, o avanço tecnológico das máquinas e equipamentos presentes no campo acabam não sendo bem aproveitado por conta da falta de conexão. "Receber as informações das operações realizadas na fazenda em tempo real permite a tomada de decisão muito mais rápida. Ter a fazenda 'na palma da mão' é algo que só ajuda e facilita a vida do produtor. A tecnologia vem para isso", afirma.
Para Kossatz, uma iniciativa como o ConectarAgro é o primeiro passo dado para levar conectividade ao campo. "Agora, nós, agricultores, precisamos nos unir, alinhar e ajudar, levantando a bandeira dessa necessidade. Isso só vai trazer mais qualidade de vida e de trabalho", conta.
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