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As exportações italianas de máquinas agrícolas para os Estados Unidos caíram 42,4% no primeiro semestre de 2025. O volume caiu de € 480 milhões para € 276 milhões. A queda compromete o desempenho do setor como um todo, que registrou retração de 10,4% nas vendas externas.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística da Itália (ISTAT), divulgados pela FederUnacoma na véspera da feira Agrilevante, a redução está ligada a tarifas impostas pela atual administração norte-americana. Os Estados Unidos eram, até o ano passado, o principal destino das exportações italianas, com destaque para tratores, máquinas para cultivo especializado, irrigação e fenação.
Diante do cenário desfavorável, os fabricantes italianos miram novos mercados. Países com agricultura em desenvolvimento, como Indonésia, Tailândia, Vietnã e Filipinas, concentram esforços da indústria. O foco também recai sobre a região do Mediterrâneo, onde a Itália mantém posição de liderança.
Mesmo em um contexto global adverso, o mercado mediterrâneo mostra resiliência. A queda nas exportações para a região foi de apenas 3%. Entre 2021 e 2024, as vendas italianas cresceram 15%, passando de € 1,93 bilhão para € 2,21 bilhões. Atualmente, a Itália é principal fornecedora de máquinas agrícolas para Albânia, Grécia, Turquia, Israel e Tunísia. Também figura entre os três maiores fornecedores de França, Espanha, Hungria, Eslovênia, Croácia, entre outros.
A África, especialmente o norte e o sul do Saara, ganha destaque estratégico. O continente, com população estimada em 2,5 bilhões até 2050, enfrenta desafios de segurança alimentar. Importações anuais de alimentos já somam US$ 35 bilhões e podem atingir US$ 110 bilhões até o final de 2025.
A presidente da FederUnacoma, Mariateresa Maschio, ressalta que a demanda futura será também por alimentos de melhor qualidade. Isso exigirá mecanização em todas as etapas, do cultivo ao transporte e processamento. Para ela, a indústria italiana está preparada para atender a esse novo perfil de consumo.
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