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As exportações dos Cafés do Brasil – das espécies arábica e robusta - nos cinco primeiros meses de 2018 atingiram volume equivalente a 11,989 milhões de sacas de 60kg e arrecadaram de receita cambial US$ 1,883 bilhão, ao preço médio de US$ 157,12 a saca. Nesse contexto, o café robusta, que exportou 212,849 mil sacas, teve um crescimento expressivo de 114,5%, se comparado com o mesmo período do ano passado. Das exportações totais, os cafés arábicas exportaram 10,396 milhões de sacas, o café torrado e moído, 5,674 mil, e o solúvel, 1,374 milhão de sacas.
Especificamente em relação às exportações do mês de maio de 2018, verifica-se que as vendas ao exterior do café arábica – com 1,419 milhão de sacas - representaram 83,5% do volume total vendido ao exterior, seguido pelo solúvel – 233,566 mil sacas –, equivalente a 13,7%, e robusta, com 2,7% (46,488 mil sacas). Incluindo a exportação de café torrado e moído (0,476 mil sacas), o País exportou nesse mês o equivalente a um volume total de 1,700 milhão de sacas de 60kg, com receita cambial de US$ 258,641 milhões.
Tais números, análises e dados estatísticos, da performance das exportações dos Cafés do Brasil, constam do Relatório Mensal maio 2018, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café. Para o Conselho, entre outras análises do Relatório, no mês de maio houve menor oferta de cafés para a exportação, devido ao período de entressafra e, também, aos protestos e a greve dos caminhoneiros, fatores conjugados que tornaram o volume das vendas ao exterior ainda menor, pois o País deixou de embarcar entre 400 a 500 mil sacas. Em contraponto, com a estimativa de que haverá uma safra recorde de café para o próximo ano cafeeiro, o Cecafé espera que haja recuperação dos volumes a serem exportados.
Conforme ainda o Cecafé, o ranking dos dez principais países importadores dos Cafés do Brasil, nos cinco primeiros meses de 2018, foi Estados Unidos, com 2,081 milhões de sacas – 17,4%; Alemanha, 1,922 milhão de sacas – 16%; e Itália, com 1,216 milhão de sacas – 10,1%. Na sequência do ranking estão: Japão, com 7,3% (879,904 mil sacas), em quarto; Bélgica, em quinto lugar, com 5,5% (663,955 mil sacas); sexto, Turquia, com 3,1% (372,509 mil sacas); sétimo, Federação Russa, com 2,8% (337,903 mil sacas); França, oitavo, com 2,7% (328,429 mil sacas); nono lugar, Canadá, com 2,7% (318,683 mil sacas); e, por fim, décimo lugar o Reino Unido, com 2,6% (316,895 mil sacas de 60kg).
O Relatório Mensal maio 2018, do Cecafé, traz ainda como destaque nessa sua edição o desempenho das exportações dos cafés diferenciados brasileiros nesse mesmo período objeto de análise. Para o Conselho, cafés diferenciados são aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis. Nesse caso, o Brasil exportou 2,075 milhões de sacas de 60kg, o que equivale a uma participação de 17,3% no total do café exportado e 20,9% das receitas cambiais. Em relação ao mesmo período de 2017, o volume representou um crescimento de 15,5%. Os principais destinos dessas exportações foram: Estados Unidos, responsável por 23% (478,415 mil sacas); seguido pela Alemanha, com 13,7% (283,649 mil sacas); Bélgica, com 12,8% (265,932 mil sacas); Japão, com 9% (185,843 mil sacas); Itália, com 6,2% (128,646 mil sacas); e Reino Unido, com 5,5% (114,128 mil sacas).
Por último, vale também destacar que o Relatório do Cecafé divulga nessa mesma edição do mês de maio de 2018 o artigo intitulado ‘O Papel da Cafeicultura Brasileira no Contexto das Diretrizes da ONU – O Dia Mundial do Meio Ambiente’, que vale a pena ser lido e conferido, do qual extraímos o seguinte trecho: “O Brasil, além de grande produtor e exportador de alimentos, energia e fibras, é uma potência em preservação ambiental. Observa-se que mais de 66% de seu território é recoberto por vegetação nativa, sendo que esse patamar sobe para quase 75% quando agregadas as áreas de pastagem nativa do Pantanal, do Pampa, da Caatinga e dos Cerrados. Toda a produção agrícola ocupa 9% do País. Os agricultores preservam mais vegetação nativa no interior de seus imóveis (20,5% do Brasil) do que todas as unidades de conservação juntas (13%)”.
Em relação especificamente à cafeicultura, o artigo enfatiza que “As principais regiões produtoras de café no País estão localizadas em estados onde os imóveis rurais possuem, na média, porcentagem de área dedicada à preservação da vegetação nativa acima do valor exigido pelo Código Florestal. Em Minas Gerais, o valor é de 34%; no Espírito Santo, 33%; São Paulo, 22%, e na Bahia, 45% de áreas dedicadas à preservação. Os elevados índices de proteção ambiental na cafeicultura brasileira demonstram a sustentabilidade da atividade, considerando-se ainda a relevância social da produção, pois 85% dos mais de 300 mil produtores são de pequeno porte”.
Por fim, recomendamos que acessem o site do Observatório do Café para ler na íntegra o Relatório mensal maio 2018 pelo link:
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