Exportação dos cafés diferenciados do BR corresponde a 17% do total vendido ao exterior em oito meses

Tal volume físico representou o segundo maior volume do mesmo período nas últimas cinco safras

23.09.2020 | 20:59 (UTC -3)
Embrapa

Nos oito primeiros meses deste ano de 2020, o Brasil exportou o equivalente a 4,4 milhões de sacas de 60kg de cafés diferenciados, que são cafés que agregam valor adicional tanto nas vendas internas como nas externas por terem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis. Tal volume físico correspondeu a 16,8% do total de café exportado pelo Brasil de janeiro a agosto deste ano e representou o segundo maior volume do mesmo período nas últimas cinco safras. A receita cambial obtida com essas exportações dos cafés diferenciados foi de US$ 721,1 milhões, montante que correspondeu a 21,4% do total gerado com as exportações de todos os tipos dos Cafés do Brasil vendidos ao exterior no período em foco.

Neste contexto, também merece realçar o fato de que o total dos Cafés do Brasil exportado no mesmo período deste ano, incluindo todos os tipos de cafés, foi de 26,4 milhões de sacas, volume físico que, à semelhança dos cafés diferenciados, também se destaca como sendo o segundo maior volume vendido aos importadores nesses oito meses, nos últimos cinco anos, com receita cambial obtida pelo País de US$ 3,4 bilhões.

Com relação à participação percentual nas exportações, por tipos de cafés (arábica, robusta e solúvel) vendidos no período, verifica-se que o café da espécie arábica representou 78,3% das exportações, com o equivalente a 20,6 milhões de sacas. Adicionalmente, os cafés da espécie robusta, com a venda ao exterior equivalente a 3 milhões de sacas, corresponderam a 11,6%, e o café solúvel, com exportação equivalente a 2,7 milhões de sacas de 60kg, equivaleu a 10,1%.

Os números e demais dados da performance das exportações dos Cafés do Brasil que permitiram realizar esta análise, entre várias outras informações relevantes do setor, constam do Relatóriomensal agosto 2020, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. 

Assim, além desses destaques, no mesmo contexto em tela, os Relatórios mensais divulgados pelo Cecafé trazem ainda várias informações e análises sobre as exportações brasileiras de café, participação percentual por qualidade nas exportações, exportações de cafés diferenciados, exportações de café por continente, grupo e bloco econômico, principais destinos e portos de embarque das exportações, perfil do consumo mundial de café, participação brasileira nas exportações mundiais de café, dados da balança comercial, etc. que valem a pena serem consultados.

Finalmente, vale destacar, conforme os dados divulgados pelo Cecafé, no Relatório mensal agosto 2020, os principais dez destinos das exportações dos Cafés do Brasil, nos oito primeiros meses de 2020, num ranking em ordem decrescente. Em primeiro colocado, figuram os Estados Unidos, que importaram 4,9 milhões de sacas de café, as quais correspondem a 18,5% do total vendido no período; depois vem a Alemanha, com 4,5 milhões de sacas importadas (17%); Itália, em terceiro, com 2 milhões de sacas (7,6%); Bélgica, na sequência, com aproximadamente 2 milhões de sacas (7,3%); e Japão, em quinta colocação, com 1,3 milhão de sacas (5,1%).

Na sequência, na sexta posição, vem a Turquia, com 863,9 mil sacas (3,3%); Federação Russa, em sétimo, com 849,5 mil sacas (3,2%); México – oitavo - com 649,3 mil sacas (2,5%); a Espanha, nona colocada, com 634,7 mil sacas (2,4%); e, por fim, o Canadá, em décimo lugar, com a importação de 562 mil sacas, volume físico que corresponde  a 2,1% das exportações dos Cafés do Brasil no período em foco. Neste contexto, merece ainda destaque o fato de a Federação Russa e o México terem apresentado aumento nas aquisições do café brasileiro nesse período de 20% e 19,3%, respectivamente. Também houve crescimentos menos expressivos nas exportações para Alemanha (1%), Bélgica (4,8%), Turquia (7,2%), e Espanha (5,3%).

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