Expandindo os limites da tecnologia para o agronegócio

01.10.2010 | 20:59 (UTC -3)

Com a missão de viabilizar soluções tecnológicas sustentáveis para a cadeia produtiva do agronegócio em benefício da sociedade brasileira, a Embrapa vem realizando uma transformação no campo. Mais precisamente em Mato Grosso do Sul. Das 42 unidades de pesquisa espalhadas por todo o país, três encontram-se no Estado: Pantanal, Dourados e Campo Grande.

 

Para conhecer um pouco mais sobre a realidade de uma das mais importantes agências de informação da área, um grupo de 30 participantes do XX Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e XVIII Workshop Anprotec realizou uma visita técnica a unidade Embrapa Gado de Corte.

 

Paulo Biscola

A visita técnica começou com Paulo Biscola, da Chefia Adjunta de Comunicação e Negócios, que fez uma apresentação sobre a Embrapa. Em seguida foram realizadas mais duas sessões introdutórias com representantes da instituição e a visitação das instalações do local. Biscola delineou um panorama abrangente, situando a atuação da Embrapa e a participação da unidade de gado de corte. Considerado o setor da economia com a maior capacidade de geração de empregos e o maior irradiador de estímulos para outras atividades, o negócio agrícola brasileiro é alvo de investimentos.

 

Segundo Biscola, o negócio movimenta cerca de US$ 416 bilhões por ano, contribui com quase 40% dos empregos gerados no País e cerca de 36,3% das exportações nacionais. Com um cálculo mais amplo, chamado de balanços sociais, a Embrapa considera que o investimento em pesquisa traz resultados diretos e indiretos na produção, uma vez que para cada R$ 1 aplicado, retornaram R$ 13,55 para a sociedade.

 

PROETA

Visando tal retorno, a Embrapa desenvolve o Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Novas Empresas de Base Tecnológica e à Transferência de Tecnologia. Elaborado com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)/Fundo Multilateral de Investimento (FUMIN), o PROETA é um programa voltado à promoção do agronegócio, considerando a disponibilização e a transferência de tecnologia para empresas incubadas. Há dois anos presente em todas as unidades, já que antes era conduzido como projeto piloto, aumenta o intercâmbio de P, D&I entre os pesquisadores e técnicos do Embrapa, incubadoras, empresas e demais parceiros envolvidos.

 

Erno

O programa representa a transferência de tecnologia, produtos e serviços criados na Embrapa para a iniciativa privada, contribuindo para a geração de empresas agropecuária com base tecnológica e disseminação da cultura de inovação. Segundo Erno Suhre, da Área de Negócios para Transferência de Tecnologia, que há 30 anos trabalha na Embrapa, o PROETA tem trazido bons resultados. “Há uma grande dificuldade em conseguir transferir aquilo que é desenvolvido no instituto de pesquisa para ser aplicado no mercado”, afirma.

 

Suhre explica que a Embrapa lança editais, e conjunto com incubadoras parceiras, para a seleção de empreendedores interessados. As tecnologias geradas pela Embrapa são disponibilizadas no portfólio do PROETA (www.sct.embrapa.br/proeta). O processo de incubação se dá pelas incubadoras parceiras que auxiliam os empreendedores na estruturação do negócio, por meio de orientação e capacitação em gestão empresarial, propriedade intelectual, assistência jurídica, marketing, administração financeira, gestão tecnológica, acesso ao mercado e infra-estrutura. Uma vez comercializada, o empresário paga royalties à Embrapa sobre a venda do produto ou as receitas da prestação de serviços.

 

Fonte: Info Proeta

infoproeta@cnpat.embrapa.br

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