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II Workshop de Tecnologia e Fisiologia de Sementes e Mudas de Espécies Arbóreas Nativas da Caatinga será em abril.
Vastas áreas de caatinga estão com a cobertura vegetal muito empobrecida. Em muitas delas, a diversificação florística já se encontra ameaçada de extinção por atividades agrícolas extensivas.
Este sério problema ambiental é enfrentado por pesquisadores da Embrapa Semiárido com estudos de coleta e conservação de sementes de árvores nativas, e treinamento de profissionais envolvidos com a preservação desse bioma.
No próximo mês de abril, entre os dias 13 e 15, a instituição organiza o II Workshop de Tecnologia e Fisiologia de Sementes e Mudas de Espécies Arbóreas Nativas da Caatinga com o objetivo de dar continuidade à formação de técnicos, agricultores e estudantes, em um conjunto de conhecimentos e práticas essenciais ao armazenamento e propagação das plantas ameaçadas pelo desmatamento.
O evento, sob a coordenação da engenheira agrônoma Bárbara França Dantas, pesquisadora responsável pelo Laboratório de Sementes da Embrapa Semiárido (LASESA), será realizado no auditório do batalhão do Exército (72º BI Mtz), em Petrolina (PE). De acordo com a pesquisadora, além dos resultados de pesquisa, a programação constará de algumas experiências de produção de mudas para arborização urbana e para recuperação da caatinga e da mata ciliar do rio São Francisco.
Adicionais – O domínio ecogeográfico da caatinga ocupa uma área com cerca de 750 mil km2 de territórios pertencentes aos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais. Essa área, que forma o chamado Polígono das Secas, corresponde a 54% da região Nordeste e a 11% do território brasileiro. A intensa degradação que afeta a vegetação já ameaça de danos irreversíveis esse ecossistema.
Segundo Bárbara, o agricultor que ainda dispõe de cobertura florestal na sua propriedade pode se valer das técnicas de coleta e de beneficiamento para produzir sementes e mudas e gerar mais uma fonte de renda. A demanda crescente por material propagativo para uso em programas públicos de reflorestamento pode significar um bom mercado para o comércio de espécies nativas.
De maneira geral, pequenos investimentos, técnicas simples e conhecimentos básicos são o bastante para o agricultor ou uma comunidade montar uma estrutura para produção das sementes e mudas. A colheita e o beneficiamento da semente florestal demandam práticas de custos variados acessíveis a grandes empreendedores e a comunidade de agricultores.
Inscriçoes – A secagem de sementes, para ser feita de modo a controlar a temperatura e a umidade, e não depender das condições climáticas, torna necessário o emprego de uma estufa. O equipamento realiza essa tarefa de modo artificial, embora a um custo mais elevado. A pesquisadora da Embrapa Semiárido garante que consegue o mesmo resultado em ambiente natural, com a exposição das sementes em terreiros ou barracões, contanto que estas estejam protegidas de chuvas e de sereno.
Situação similar acontece com a questão do armazenamento. A limpeza de sementes de restos de frutos, de galhos e de outros materiais indesejáveis facilita a secagem, o armazenamento e a semeadura. Assim, limpas, só precisam ser acondicionadas em sacos de papel e protegidas de sol e de umidades altas para manterem a qualidade, a longevidade e o valor de comercialização.
Bárbara também explica que é importante estar a par do comportamento de algumas espécies. A umburana-de-cheiro, por ter sementes aladas, precisa que os frutos sejam colhidos tão logo alcancem a coloração verde-amarronzado, que indica amadurecimento, para não serem sopradas e levadas pelo vento. No caso da quixabeira, os frutos pesados costumam cair no chão, mas devem ser colhidos imediatamente antes ou após a queda para evitar danos por animais e microorganismos.
O II Workshop de Tecnologia e Fisiologia de Sementes e Mudas de Espécies Arbóreas Nativas da Caatinga terá a participação de professores e bolsistas das universidades Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), do Estado da Bahia (UNEB) e Federal da Paraíba (UFPB). Serão abertas vagas para 80 inscrições a um valor de R$ 80,00. Estudantes de graduação ou de cursos de nível técnico pagam metade.
As inscrições e informações sobre o evento podem ser obtidas através de Mariléa Rodrigues e Gilberto Pires, no Escritório da Embrapa Semiárido, no Centro de Convenções Senador Nilo Coelho, ou pelo telefone 87 3861-4442.
PROGRAMAÇÃO
13/04/2010 (terça-feira)
8h às 8h30 Inscrições
8h30 às 9h - Abertura e importância das sementes
9h às 10h - Ações do 72º BIMtz na recuperação da caatinga – Tem.Cel. Helvetius da Silva Marques
10h às 10h 15 Café com prosa
10h15 às 11h15 - Fenologia e dispersão de espécies da caatinga ameaçadas de extinção - Lúcia Helena Piedade Kiill
11h15 às 12h - Armazenamento de sementes - Acácio Figueiredo Neto
12h30 às 14h Almoço com prosa
14h às 15h - Conservação de sementes da caatinga ameaçadas de extinção - Fabrício Francisco Santos da Silva
15h às 16h - Germinação de sementes da caatinga: condicionamento osmótico e estresses abióticos - Renata Conduru Ribeiro Reis
16h às 16h15 Café com prosa
16h15 às 17h15 - Patologia de sementes da caatinga - Diógenes da Cruz Batista
17h15 às 18h - Análise de sementes da caatinga no LASESA - Bárbara França Dantas
14/04/2010 (quarta-feira)
8h às 9h - Coleta e beneficiamento de sementes da caatinga - Bárbara França Dantas
9h às 10h - Viveiros para produção de mudas florestais - Clóvis Eduardo de Souza Nascimento
10h às 10h15 Café com prosa
10h15 às 11h15 - Produção de mudas para arborização urbana - Ivan André Alvarez
11h15 às 12h - Propagação in vitro de espécies da caatinga - Ana Valéria de Souza
12h às 14h Almoço com prosa
14h às 15h - Substratos e sombreamentos no desenvolvimento de mudas da caatinga - Armando Pereira Lopes
15h às 16h - Produção de mudas para recomposição da mata ciliar do Submédio São Francisco - Meridiana Araújo Gonçalves Lima
16h às 17h - Banco de sementes em solo de área de mata ciliar do Submédio São Francisco - Bárbara França Dantas
16h30 às 17h Café com muita prosa
15/04/08 (quinta-feira)
VISITAS TÉCNICAS
8h30 às 16h - Viveiros da região, UNEB, Embrapa Semiárido e Embrapa Negócios Tecnológicos
Bárbara França Dantas e Marcelino Ribeiro
Embrapa Semiárido
87 3862 1711 /
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