Investimentos na safra 2022/23 de citros podem ser restritos
Investimento limitado na atividade possivelmente resultará em diminuição na área plantada e até mesmo de renovação de pomares
A Embrapa Pecuária Sul e a 3tentos realizaram na última sexta-feira (07/01) o 1º Giro Técnico “Alternativas no manejo da dessecação, herbicidas pré-emergentes e coberturas forrageiras para o controle de plantas daninhas na cultura da soja”. Voltado para produtores da metade sul do Rio Grande do Sul e profissionais de assistência técnica e extensão rural, o evento foi realizado nos campos experimentais da Embrapa em Bagé (RS) e teve como objetivo apresentar alguns resultados de pesquisas que vem sendo realizadas nos últimos três anos para o controle de plantas indesejadas em lavouras de soja na região.
Na abertura do evento, o Chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso salientou a importância da parceria público-privada para o desenvolvimento de pesquisas que contribuam para um melhor desempenho do setor primário na região. De acordo com Cardoso, como a cultura da soja cresceu muito nos últimos anos, assim como a integração lavoura-pecuária, a Embrapa tem que buscar soluções que contribuam para a sustentabilidade do sistema e também para a melhoria na renda do produtor. Já Rodrigo Fros Martini, Gerente de Negócios da Metade Sul da 3tentos, ressaltou que a parceria se iniciou há três anos depois do aumento de casos de resistência de plantas daninhas, especialmente o caruru, nas lavouras da região.
Os trabalhos que estão sendo realizados foram apresentados pelos coordenadores do projeto, a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul Fabiane Lamego e o Coordenador de Desenvolvimento da 3tentos, Marlon Ouriques Bastiani. Nas estações foram mostradas diferentes estratégias para o combate a plantas daninhas. Entre elas, o manejo da dessecação, na preparação da área que vai receber a semeadura, com a utilização de diferentes herbicidas. Bastiani também apresentou as avaliações do uso de pré-emergentes, com princípios ativos distintos, para saber o grau de eficiência no controle das plantas daninhas.
Outra linha de avaliação foi em relação ao uso de forrageiras de inverno e da sua palhada no controle. Segundo Fabiane Lamego, estão sendo avaliados tanto o uso de pastagens de inverno com simulação de pastejo de animais, como o uso de espécies forrageiras apenas como cobertura e para a produção de palhada. Nesse segundo caso, foram utilizados cultivares desenvolvidos pela Embrapa, como trigo duplo propósito, azevém, ervilhaca, centeio e trevo-persa. “A resistência das plantas daninhas vai continuar, por isso é preciso pensar em diferentes estratégias para o sistema”, ressaltou a pesquisadora. Já Rodrigo Martini destacou que para o controle das plantas daninhas é preciso ter um bom manejo em diferentes momentos, como na dessecação e preparação da área, no uso de pré-emergentes e também na utilização de palhadas de plantas forrageiras.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura