Estudantes aprendem novas tecnologias em estação experimental da EBDA

Conhecer de perto as atividades de campo e as novas tecnologias desenvolvidas pela empresa, nas áreas da pecuária e agricultura, disponibilizadas principalmente aos agricultores familiares do estado, e intercalar um período de convivência na sala de aula com outro no campo para diminuir a evasão escolar em áreas rurais. Essa é a proposta da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura (Seagri), por meio da Estação Experimental Fazenda Porteira, no município de Irará, em conjunto com a Escola Família Agrícola (EFA), para os estudantes do Curso Técnico Agrícola de nível médio.

Durante as explanações e aulas práticas, os técnicos da EBDA apresentam as ações dos programas Sertão Produtivo e Mandala, além de técnicas para produção de mudas frutíferas forrageiras e ornamentais. Conhecem ainda os resultados exitosos com pesquisas nas unidades de demonstração de mandioca, para produção de farinha, de aipim, feijão calpi (feijão de corda) e de girassol, e sobre inseminação artificial em caprinos e ovinos, com ênfase para o melhoramento genético.

De acordo com o engenheiro agrônomo e chefe da Estação Experimental Porteira, Jario Martins, é fundamental capacitar os estudantes desde o preparo do solo até o plantio, acompanhado o resultado da produção. “Queremos demonstrar que a vida no campo também ensina, e que os filhos dos agricultores podem permanecer em seus locais de origem, aprendendo novas tecnologias para melhorar a produção, a produtividade e a qualidade das diversas culturas”, afirma Martins.

Para a diretora da Escola Família Agrícola, Cristina Ferreira, a EBDA colabora no processo de formação rural dos estudantes, ao mesmo tempo em que eles são multiplicadores das informações nas comunidades. “É gratificante quando um aluno busca qualificação e socializa com seus pais e vizinhos. Na última capacitação sobre agroecologia, por exemplo, ministrada pelos técnicos da EBDA, lembro que um aluno pediu para levar o curso em sua comunidade”, destaca a diretora.

O estudante Felipe Alexandre dos Santos (18), conta com entusiasmo como o curso de agroecologia transformou sua vida e de outras famílias da comunidade de Ataíba, em Feira de Santana. “Nós começamos a mudar o conceito da agricultura familiar, a partir do incentivo dos técnicos da EBDA, aplicando as práticas agroecológicas em nossas propriedades. Já percebo a diferença na minha saúde”. Na comunidade, as práticas estão sendo aplicadas, principalmente, em culturas tradicionais como a mandioca, o feijão e ainda em frutíferas.