O Mato Grosso do Sul registrou chuvas abaixo da média, mas o volume foi suficiente para permitir o desenvolvimento das plantas e o índice de vigor da vegetação (NDVI) mostra boa evolução da soja. Com isso, os dados do sensoriamento remoto da EarthDaily Agro estimam que a produtividade deverá alcançar 3,8 toneladas por hectare, considerada recorde e 50% acima da temporada anterior, que sofreu com perdas devido à seca.
“No Centro-Oeste, algumas áreas tiveram volume de chuva 50% acima da média no período. No geral, a soja está se desenvolvendo bem e há expectativa para registro de altas produtividades. Tanto o modelo europeu (ECMWF) quanto o americano (GFS) indicam chuvas acima da média para os próximos 10 dias, mantendo alta a umidade do solo, mas podendo dificultar as operações de campo das áreas que já estão sendo colhidas, caso do Mato Grosso e Goiás”, aponta Felippe Reis, analista de culturas da EarthDaily Agro.
No Sul, o Paraná também tem potencial para alta produtividade. O NDVI registra patamar similar ao bom ano de 2021 e, no momento, estima-se que a produtividade seja de 3,58 toneladas por hectare, a terceira maior nos últimos 15 anos. No curto prazo, a umidade do solo no estado deve aumentar devido à ocorrência de chuvas. Já no Rio Grande do Sul, que está sofrendo os efeitos do La Niña, o NDVI está ainda bem abaixo e a estimativa de produtividade, no momento, gira em torno de 2 toneladas por hectare. Há expectativa de chuvas nos próximos dias, porém abaixo da média.
No Sudeste, as lavouras de soja do Triângulo Mineiro (MG) e a região sul de Minas Gerais devem ter chuvas acima da média nos próximos 10 dias. No Noroeste do estado, o volume será abaixo da média, mas as lavouras estão com bom desenvolvimento devido às chuvas ao longo do ciclo e a expectativa de boa produtividade se mantém. Em São Paulo, as chuvas devem continuar nos próximos dias. O NDVI apresenta boa evolução ao longo do ciclo, indicando boa produtividade para as lavouras de verão (milho de primeira safra e soja).
No MATOPIBA, região que compreende Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, o NDVI registrou queda nos últimos dias, mas permanece acima da média, apontando para um bom potencial produtivo da soja na região. A umidade do solo deve diminuir nos próximos dias, sem impactar o desenvolvimento das plantas no curto prazo.
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