Estimativa de safra de algodão está com área 80% maior e milho passa por ajuste

15.04.2011 | 20:59 (UTC -3)

A terceira previsão e estimativa da safra agrícola para as principais culturas do Estado de São Paulo, levantada de 1 a 21 de fevereiro pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, indicam números relevantes para o algodão.

 

Estima-se um significativo aumento de área (80,7%), de produção (51,4%) e de produtividade (14,5%), devido à grande expectativa do setor sobre a rentabilidade do produto. Segundo o estudo, com o aumento da demanda influindo sobre a produção e os preços favoráveis para o produtor na comercialização desde o ano passado, a safra deste deve ser maior do que a dos anos anteriores.

 

Na região sudoeste do Estado - Escritórios de Desenvolvimento Rural de Avaré, Itapeva e Itapetininga, a área plantada supera em 55% da plantada em 2010; a regional de Presidente Venceslau mostra uma retomada da atividade, prevendo-se um aumento na área plantada da ordem de 252% e o EDR de Votuporanga, onde normalmente o plantio é feito em parceria de arrendamento, ficou duas safras agrícolas sem plantar algodão, pois a área estava sendo ocupada, principalmente, pela cana-de-açúcar.

 

As condições climáticas estão favoráveis ao desenvolvimento da cultura, com chuvas esparsas e luminosidade, condições ideais para o desempenho da lavoura, o que pode justificar o acréscimo na produtividade agrícola de 14,5%. Consequentemente, a produção poderá crescer além do dobro da safra passada (107%). “Entretanto, os cuidados devem ser redobrados, pois o tempo úmido favorece o surgimento de pragas e doenças na lavoura”, alertam os especialistas.

 

MILHO - A cultura do milho (sequeiro e irrigado) vive um período de ajuste, frente à readequação entre os estoques, o consumo de rações para a produção das cadeias animais, o mercado internacional e o consumo interno do produto e seus derivados. Essa interação de fatores pode justificar a menor área plantada (6,3%) e, apesar dos ganhos de 1,2% na produtividade, há redução de 5,2% no volume a ser produzido em relação aos resultados da safra passada.

 

“Novamente espera-se que os produtores de milho façam a opção pela soja, que oferece melhores condições de produção e rentabilidade, além de propiciar boa liquidez no momento da venda”, consta do estudo.

 

Para a safra de inverno do milho (safrinha) espera-se o crescimento de 7% na área plantada e 6,2% na produção, entretanto, deverá ocorrer um pequeno decréscimo na produtividade (0,7%) em relação à safra 2009/10. Por conta da seca em 2010, ocorreu o atraso no plantio do milho normal e da soja. Posteriormente, as chuvas de janeiro e fevereiro provocaram atraso na colheita da safra de verão, que por sua vez implicou na menor disponibilidade de áreas para o milho safrinha.

 

“Esse comportamento climático em parte explica tanto a menor produtividade como o discreto crescimento na área e na produção, porém, a tendência entre os produtores em optar pela produção de soja nos últimos anos parece que é o fator mais determinante.

 

Quanto à cultura da soja, são esperados acréscimo de área plantada (5,4%), de produção (8,8%) e de produtividade (3,2%). Para a soja safrinha, essa primeira avaliação indica elevações na área (45%), na produção (62,3%) e na produtividade (11,9%), quadro que poderá ser confirmado no transcorrer do desenvolvimento da cultura. (Confira as informações sobre outras culturas no site www.iea.sp.gov.br)

 

Fonte: Governo do Estado de São Paulo

Secretaria de Agricultura e Abastecimento

saacomunica@sp.gov.br

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