Estiagem: Famasul solicita prorrogação do pagamento de parcela

15.05.2009 | 20:59 (UTC -3)

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Riedel, e o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Almir Dal Pasquale, estiveram quinta-feira (14/05), com o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil em Brasília/DF, José Carlos Vaz. A visita foi para solicitar a prorrogação da parcela que venceu em 15 de maio. A justificativa está na estiagem que traz, novamente, prejuízos ao Estado.

“A solicitação está ligada aos produtores da região Centro-Sul de Mato Grosso do Sul que estão sofrendo com a estiagem, principalmente daqueles municípios que já solicitaram Estado de Emergência”, comentou o vice-presidente da entidade.

As perdas na produção de grãos de Mato Grosso do Sul com a estiagem já somam R$ 461 milhões neste ano, considerando a soja, algodão e milho safrinha. A reunião agendada com a diretoria do Banco do Brasil é parte dos compromissos assumidos pela FAMASUL, quando o problema se iniciou em MS. Ele destacou que a entidade já está se articulando junto ao governo federal e agentes financeiros para garantir que o produtor tenha acesso a crédito para financiar a próxima safra. Os recursos serão fundamentais para viabilizar a permanência na atividade em vários municípios de Mato Grosso do Sul.

A estiagem afetou 1,4 milhão dos 1,7 milhão de hectares plantados no Estado, em diferentes níveis. No caso da safrinha de milho, a produtividade esperada é de 2,5 mil quilos por hectare. A perda média é de 35%, concentrada especialmente no centro-Sul. Significa, apenas no caso desta cultura, R$ 299 milhões a menos. Abalados pela estiagem que provocou redução média de 9% na safra de verão, os agricultores apostavam na safrinha para recuperar o prejuízo e foram surpreendidos pela estiagem precoce.

Em março, conforme boletins da Embrapa Agropecuária Oeste, choveu 40% menos que a média histórica para o período e abril teve a maior estiagem do período dos últimos 30 anos. A pecuária de leite e a de corte também foram fortemente afetadas, com redução expressiva nos índices de produtividade.

Carlos Henrique Braga e Fabiane Sato

Sato Comunicação

(67) 3320-9728/3320-9729

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