Estandes das cadeias produtivas atraem atenção na Fenagro 2012

28.11.2012 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

Uma grande equipe de técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), vinculada a Secretaria de Agricultura (Seagri), formada por cerca de 100 especialistas em diversas culturas agrícolas, está de plantão, até o próximo dia 2, no Parque de Exposições, em Salvador, onde acontece a Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro).

Os técnicos esclarecem as dúvidas dos visitantes e mostram as novidades do setor agropecuário. Cada cadeia produtiva ocupa um estande montado e ornamentado no Parque, de acordo com a cultura abordada, a exemplo do cacau, dendê, mandioca, apicultura, cana-de-açúcar, seringueira, café, dentre outras.

O estande da fruticultura é um dos mais visitados do evento. De forma dinâmica e interativa os técnicos da EBDA, Jorge Silveira, Nilton Caldas e João Paulo, atraem a atenção do público com exposição técnica sobre citricultura e caju, com ênfase na clonagem (enxertia).

Mais de 17 variedades de laranja são apresentadas no espaço, mas os frutos da laranjeira “Cara Cara” roubam a cena. A polpa avermelhada desperta a curiosidade dos visitantes, que fazem questão de adquirir mudas da planta. O coordenador estadual da Câmara Setorial de Citricultura, Nilton Caldas, explica que essa variedade, rica em licopeno, é originária da Venezuela e foi introduzida no Brasil pela Embrapa. “É uma laranja de mesa, assim como a laranja Bahia, mais conhecida do consumidor. Ela é bastante doce, sem sementes e tolerante a doenças”, esclareceu Caldas.

O autônomo, Juscelino Souza Vieira, que adquiriu recentemente um sítio no município de Jandaíra, a 200 quilômetros de Salvador, ficou encantado com a tonalidade da laranja “Cara a Cara” e fez questão de levar uma muda para casa. “Como eu tenho a intenção de, um dia, ser um agricultor familiar, fico de olho nas novidades. E onde tem a EBDA eu sempre passo por perto porque sei que é aprendizado garantido”, comentou o visitante da Fenagro.

Cerca de 400 mudas de laranjais produzidas por viveiristas, atendidos pela EBDA, estão sendo comercializadas na Feira, algumas oriundas de Rio Real. Maior produtor de laranja do Estado da Bahia, o município tem 23 mil hectares plantados do fruto.

O engenheiro agrônomo da EBDA e mestre em Fruticultura, Jorge Silveira, informa que a citricultura brasileira é a maior do mundo e o Brasil é o maior exportador de sucos concentrados.

O Estado da Bahia, que possui solos de qualidade e condições climáticas ideais para cultivo de frutas, colabora decisivamente para o destaque do país na cadeia produtiva da fruticultura. É um dos maiores produtores de banana, coco de baía, cacau, mamão, manga, maracujá, graviola e pinha. E se posiciona em segundo lugar na produção nacional de laranja e melancia. A área baiana plantada com frutíferas chega a 350 mil ha e produção anual de cinco milhões de toneladas. O setor se caracteriza ainda pela alta empregabilidade.

A EBDA atua nessa cadeia produtiva com ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e pesquisa. A empresa tem equipes técnicas específicas para a fruticultura e realiza: acompanhamento sistematizado da agricultura familiar com produção de frutas; capacitação dos técnicos e dos agricultores; oficinas e dia de campo sobre fruticultura; inserção das boas práticas de produção no trabalho de Ater e a agroecologia como forma de produção para os agricultores familiares produtores de frutas; instalação de Unidades Demonstrativas Didáticas; projetos de Sistema Agroflorestal (SAF); além de incentivar a verticalização para agregar valor à produção frutífera; auxiliar na elaboração e gestão dos projetos de políticas públicas para comercialização das frutas – Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae); distribuir mudas de cacau e fruteiras, entre os agricultores familiares do Estado da Bahia.

Outro importante trabalho desenvolvido pela EBDA, em parceria com a Embrapa, é o de controle biológico da larva minadora das folhas de citros. As Empresas produzem a parasitóide Ageniaspis citricola para combate da larva e distribui entre os agricultores familiares para serem soltas nos pomares. “Essa atividade é importante para o meio-ambiente, uma vez que dispensa o uso de agrotóxicos”, concluiu Jorge Silveira.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025