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Teve início no mês de outubro, no calendário nacional, o período da estação de monta, época do ano em que os pecuaristas iniciam os acasalamentos em seu plantel, em geral, durante todos os meses da primavera e verão.
Entretanto, antes de conduzir as atividades reprodutivas na fazenda, o pecuarista precisa avaliar as condições do seu rebanho e mensurar a necessidade de reposição de animais, a fim de garantir que a próxima safra de animais será rentável.
O primeiro aspecto a ser considerado, conforme orienta o zootecnista Daniel Schwahofer de Carvalho, da Agropecuária Jacarezinho, é a condição reprodutiva dos animais que servem a campo. No caso dos touros, é primordial a realização do exame andrológico para confirmar a aptidão dos machos como reprodutores e de outras doenças que podem ser transmitidas pela reprodução, como a brucelose e a tuberculose.
Feita essa triagem, o pecuarista deve estabelecer uma relação entre o número de touros que servirá o rebanho de fêmeas. Essa calculo varia de acordo com a realidade do rebanho, sendo que um touro é capaz de cobrir de 20 a 40 vacas, dependendo da situação do plantel. “Entre os fatores que interferem nessa relação touro vaca, devem ser levados em consideração a idade dos machos e das fêmeas que compõem o rebanho, a dimensão das pastagens, oferta de alimento e a amplitude da estação de monta, já que um touro é capaz de cobrir apenas duas vacas por dia”, detalha Carvalho.
O especialista também chama a atenção para a importância de analisar qualitativamente a atuação desses touros. Não basta que os exames reprodutivos confirmem a condição de servirem a pasto, é preciso avaliar a qualidade da prole, confirmando se os machos estão imprimindo a seus descendentes as características desejadas pelo projeto agropecuário. Tomados esses cuidados, o pecuarista poderá saber a real necessidade de quantos animais deverá descartar de seu rebanho, disponibilizando-os para a engorda, e quantos precisam ser incorporados. “Caso o reprodutor seja considerado inapto, o procedimento correto é o descarte”, acrescenta.
O período de monta é de cerca de 150 dias, podendo chegar a 90 ( e até 70), dependendo da propriedade. Nesse intervalo, que deve ser estender até meados de março, aumenta a demanda por touros nas fazendas de seleção, a fim de se realizar as reposições ideais no plantel. Nesse processo, Carvalho ressalta a importância de se adquirir animais originários de programas de melhoramento, capaz de promover o incremento do rebanho.
A Agropecuária Jacarezinho, por exemplo, oferta 20% dos machos produzidos na safra de seu projeto agropecuário em São Paulo e no Oeste da Bahia, capazes de imprimir características como precocidade sexual e velocidade de ganho de peso, capacidade de concentração de gordura, terminação e conformação frigorífica para o abate.
“Comercializamos somente os melhores reprodutores testados e avaliados exclusivamente em condições de pasto, com comprovada e alta confiabilidade estatística, identificados em uma base de dados com mais de 800.000 produtos avaliados, trabalho reconhecido pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) por meio do Certificado Especial de Identificação e Produção”, ressalta Ian Hill, gerente-geral da Agropecuária Jacarezinho.
Para Daniel Schwahofer de Carvalho, o investimento em touros avaliados e provados tem o seu retorno econômico, muitas vezes, já na primeira estação de monta que esses animais servirem a pasto. “A pecuária demanda cada vez mais animais de qualidade e esse resultado só é obtido com investimentos no plantel de touros. O custo benefício, neste caso é muito alto”, conclui. A comercialização direta de touros nas unidades de Valparaíso (SP) e Cotegipe (BA) seguem até o final do ano, início de 2010.
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Fonte: Attuale Comunicação – (11) 4022-6824
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