Especialistas indicam oportunidades para o Brasil exportar mais produtos agropecuários para um número maior de países

Assunto foi discutido no painel “Oferta e Demanda Global e a Diplomacia Brasileira para Abrir Novos Mercados”, durante o Congresso da Andav 2022 que se encerrou na sexta-feira, dia 19 de agosto

22.08.2022 | 13:38 (UTC -3)
Noemi Oliveira
Painel “Oferta e Demanda Global e a Diplomacia Brasileira para Abrir Novos Mercados” no Congresso da Andav 2022. - Foto: FD fotografia/Divulgação
Painel “Oferta e Demanda Global e a Diplomacia Brasileira para Abrir Novos Mercados” no Congresso da Andav 2022. - Foto: FD fotografia/Divulgação

O Brasil já conquistou seu espaço como exportador pela alta qualidade e pela quantidade dos seus produtos. O desafio é diversificar mercados e abrir a economia. Essa foi a mensagem principal do  painel “Oferta e Demanda Global e a Diplomacia Brasileira para Abrir Novos Mercados”, moderado por Xico Graziano, durante o Congresso da Andav 2022, que se encerrou na sexta-feira, dia 19 de agosto, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. O evento é uma realização da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários (Andav) e organizado pela Zest Eventos.

A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, contou que o Brasil abriu mercados para 212 produtos, entre 2019 e 2021, entretanto 10 produtos respondem por 85% das vendas externas. “Isso mostra que o país precisa diversificar sua pauta de exportações. Nesse aspecto, as prioridades, para os próximos anos, são o acesso a novos mercados, o fortalecimento da imagem do país e a promoção comercial”, citou. Para ela, a responsabilidade por garantir a qualidade dos alimentos deve ser compartilhada entre o setor privado e público.

Já Claudia Trevisan, diretora executiva do CEBC, destacou o a posição do Brasil como fornecedor de alimentos para a China e disse que os dois países estão negociando a abertura de mercados para cerca de 50 produtos do agro brasileiro. “Amendoim e milho receberam o sinal verde, em maio deste ano, sorgo e gergelim devem ser liberados até o fim de 2022. Frutas e lácteos também são promissores, além de produtos com grande valor agregado, mas é precisa definir estratégias para as negociações avançarem”, informou.

Enquanto Rubens Hannun, CEO H2R Pesquisas, apresentou as oportunidades do mercado árabe para o Brasil, cujas exportações multiplicaram por 10, entre 2001 e 2011, de US$ 1,48 bilhão, para US 15,03 bilhões. “Embora tenha ocorrido uma queda entre esse período e 2021, os negócios começaram a reagir e no ano passado chegou a US$ 14,39 bilhões. “O bloco é o terceiro maior comprador do Brasil e o primeiro em proteína halal”, disse.

Na palestra “Os compromissos do Brasil com a produção agropecuária sustentável”, Cléber Oliviera Soares, secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), lembrou que o Brasil é o país que mais avança no mundo no que se refere a descarbonização, devido a uma série de ações práticas já adotadas, tais como: sistemas de plantio direto, remanejamento de pastagens, florestas plantadas e sistemas de irrigação, entre outros. “A agricultura será cada vez mais bio e digital”, frisou.

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