ESPECIAL SHOW RURAL: Embrapa lança soja precoce ideal para uso no sistema soja-milho
O consórcio de braquiária com milho safrinha é utilizado em aproximadamente 350 mil hectares no estado, estima o pesquisador Rafael Fuentes Llanillo, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Nesse arranjo, a braquiária pode ser utilizada para alimentar o rebanho por um período após a colheita do milho e, depois, formar palhada (há produtores que usam a forrageira apenas com essa finalidade) para o plantio da safra de verão no sistema de plantio direto.
Para o pesquisador, a integração da braquiária na sucessão soja-milho safrinha “melhora muito o sistema”, porque a forrageira oferece boa cobertura de solo e tem raízes profundas, que possibilitam aumentar a matéria orgânica e melhorar a estrutura do solo, o que favorece a lavoura de verão. Ele aponta, no entanto, a necessidade de um planejamento rigoroso da consorciação. “Deve ser tecnicamente conduzido, segundo as condições de cada ano”, alerta.
Segundo Fuentes, o produtor precisa avaliar cuidadosamente se o objetivo do consórcio é aumentar a cobertura de solo ou prover alimentação para os animais. “Isso é fundamental para definir o número de linhas de braquiária e de milho e, ainda, se as culturas devem ser implantadas simultaneamente ou não”, explica.
O cultivo simultâneo pode reduzir em até 10% a produtividade do milho, em virtude da concorrência por água e nutrientes. É possível, no entanto, controlar o crescimento da braquiária com herbicida, ou simplesmente semeá-la um pouco mais tarde, juntamente com a adubação de cobertura da lavoura, esclarece Fuentes.
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