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Quinze de abril é dia da Conservação do Solo e embora muitos pensem que esse assunto relaciona-se apenas com o campo, ele tem grande ligação com as cidades. O problema da erosão do solo faz parte da vida rural e urbana. Nos dois cenários, nem sempre a erosão é percebida pelo homem e daí seus maiores reflexos.
Na área rural, muitas vezes o produtor não percebe o processo erosivo, que acontece pouco a pouco, com pequenas perdas de solo por vez. Porém, os pesquisadores ressaltam que poucos milímetros de solo perdidos, multiplicados por centenas de hectares, resultam em amplo dano. “Um pouquinho de terra aqui e outro ali, quando juntos no curso d’água, causam um grande estrago”, diz a a pesquisadora do IAC, Isabella Clerici De Maria.
Na zona rural, a erosão reduz a qualidade do solo, que causa perda de produtividade na lavoura, gerando menor quantidade de produtos e de menor qualidade. Além disso, o solo perdido irá prejudicar os cursos d’água na região da lavoura. Aliás, esses são a grande vítima quando o assunto é erosão. Nas cidades, as edificações urbanas, quando não obedecem as determinações legais, causam erosões bastante prejudiciais aos cursos d’água que receberão esse solo. E o complicador: as pessoas não têm essa consciência.
No campo, há eficientes técnicas para evitar o processo erosivo, como o sistema de plantio direto na palha, que protege o solo. A cobertura vegetal, de acordo com Isabella Clerici, constitui o principal recurso para controlar a erosão.
A pesquisadora do IAC afirma que as localidades de maior risco de erosão são: áreas ciliares, áreas de maior inclinação e áreas de solo raso. Esses espaços poderiam ter o risco reduzido com o aumento da cobertura vegetal. Isabella Clerici lembra que desde 1900 há técnicas para amenizar esses impactos e que o planejamento é fundamental para evitar a produção de sedimentos.
Carla Gomes
Assessora de Imprensa – IAC
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