Tratamento de sementes é alternativa eficaz para controle de nematoides no Cerrado
O pesquisador Luiz Alexandre Nogueira de Sá da Embrapa Meio Ambiente visitou as instalações do Laboratório de Quarentena do The New Zealand Institute for Plant & Food Research Limited, em Sandringham, Nova Zelândia (NZ), de 4 a 19 de junho de 2010. Este intercâmbio com possibilidades de futuros projetos de pesquisa buscou também as possibilidades da utilização dos bioagentes de controle entre os países. Além disso, contatou pesquisadores do Plant & Food Research (de Auckland, NZ) e realizou videoconferência no tema pragas de eucalipto e o controle biológico de pragas no Brasil, no Instituto SCION Next Generation Biomaterials, de Rotorua (NZ).
Em Rotorua visitou também o Laboratório Oficial de Quarentena Vegetal e Animal. Em Christchurch (NZ) visitou o recém-inaugurado e mais moderno Laboratório de Quarentena de Invertebrados (New Invertebrate Containment Facility) da Nova Zelândia, composto por salas quarentenadas de criação de insetos.
Nos arredores de New South Wales, em Sydney, na Austrália realizou viagem exploratória com o apoio da Queensland Government pelo Department of Primary Industries and Fisheries com pesquisadores especialistas na busca de inimigos naturais das pragas de eucalipto. Foi encontrado e coletado o parasitóide Cleruchoides noackae (Hymenoptera: Mymaridae) em subúrbios nos arredores de Sydney, para posterior utilização no controle biológico da praga exótica australiana, o percevejo bronzeado, em hortos florestais de eucalipto no Brasil.
Na equipe estava o professor Carlos Frederico Wilcken, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp Campus de Botucatu, SP, atual coordenador do Programa de Proteção Florestal do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) de Piracicaba.
“Também percorremos cerca de 500km pelo interior do país na direção oeste, pela região de Queensland em direção a Brisbane para coleta do parasitóide, que já emergiu dos ovos parasitados nas nossas condições de laboratório. Nossa importação está sendo um sucesso”, comemora Sá.
“Durante a viagem, verificamos que não há criação em laboratório estabelecida na Austrália e as informações sobre biologia e técnicas de criação foram escassas ou inexistentes. Portanto, estamos começando os estudos do zero”, informa Wilcken. Além disso, diz o professor, nosso cronograma está sendo cumprido, com previsão de ter parasitóides para liberação em setembro desse ano”.
Sá acredita que este intercâmbio de experiências entre os países, com possibilidades de futuros projetos envolvendo o Laboratório de Quarentena Costa Lima, é de vital importância para o agronegócio nacional. O Brasil é o terceiro país a importar com sucesso esse parasitóide, depois do Chile e África do Sul.
Embrapa Meio Ambiente
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