Cientistas vão buscar saídas para frear a degradação dos solos
Durante quatro dias, de 27 a 30 deste mês, cientistas e professores vão buscar saídas para frear a degradação do solos.
A septoriose, causada pelo fungo Septoria helianthi, é uma das principais doenças em girassol no mundo. Os sintomas iniciais ocorrem nas folhas mais baixas e progridem para as folhas do topo da planta. É caracterizado por manchas foliares marrom-escuras de formato angular a irregular, com centro acinzentado e circundadas por um halo amarelado. Embora ocorra similaridade com o sintoma da mancha de alternária (Alternaria helianthi), as estruturas morfológicas de S. helianthi permitem determinar o correto agente causal.
Como não há informação sobre a reação de genótipos de girassol à septoriose e a relação da severidade da doença com dados agronômicos no estado de São Paulo, pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariuna, SP) e da ETEc Espírito Santo do Pinhal, SP, avaliaram sua severidade em condições de ocorrência natural da doença e a correlacionam com os dados agronômicos de produção, altura de planta e de capítulos e número de dias até o florescimento.
O ensaio foi instalado no campus da Escola Técnica de Espírito Santo do Pinhal, SP, instituição parceira da Embrapa Meio Ambiente nesse trabalho. O ensaio é parte da Rede Nacional de Ensaios de Avaliação de Genótipos de Girassol, coordenada pela Embrapa Soja em parceria com a Embrapa Meio Ambiente.
Conforme a pesquisadora Katia Nechet, da Embrapa Meio Ambiente, “os resultados demonstram que, quanto maior a severidade da septoriose, menor a produção, altura de plantas, altura de capítulos e o número de dias até o florescimento. A doença pode ser considerada um fator limitante à produção do girassol em locais cujas condições climáticas sejam favoráveis ao desenvolvimento da doença. A variação de valores de severidade observada entre os genótipos indica que existem genótipos com reação de resistência à septoriose, mesmo quando há alta pressão de inóculo na área, condição verificada nesse experimento”.
Conclusão Há diferença de severidade da septoriose entre genótipos de girassol. Maior severidade da doença está relacionada à menor produção, altura de plantas e capítulos, assim como à antecipação do florescimento.
Esse trabalho, de autoria de Kátia Nechet, Nilza Patricia Ramos, Waldemore Moriconi e Bernardo Halfeld-Vieira, da Embrapa Meio Ambiente, José Bueno e Monica Monreal da ETEc Espírito Santo do Pinhal, foi apresentado na XXII Reunião Nacional de Pesquisa do Girassol e X Simpósio Nacional sobre a Cultura do Girassol realizada em Lavras, MG em outubro de 2017.
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