Foi aberta a colheita do trigo no Rio Grande do Sul
Até o momento, as máquinas já colheram mais de 5%, aproximadamente 60 mil hectares de uma produção estimada pela Emater/RS-Ascar em 3,59 milhões de toneladas
Já pensou ter um maquinário agrícola usado transformado em novo? Parece algo inimaginável, no entanto, há alguns anos essa inovação existe e tem ajudado muitos produtores a dar um novo destino aos autopropelidos, transformando o que já estava defasado em eficientes distribuidores de fertilizantes. Isso, além de gerar economia nos custos operacionais e ganhos de produtividade, proporciona maior sustentabilidade a operação.
Desde 2012, essa possibilidade faz parte do portfólio de produtos da empresa brasileira MP Agro. A iniciativa é pioneira e começou para atender um grande grupo produtor de commodities no Mato Grosso, mas foi tão eficaz que levou ao nascimento da Linha Z. Capaz de gerar uma economia de até 85% em relação a compra de um autopropelido novo, a Linha Z de distribuição a lanço tem inúmeras vantagens, uma delas é a compatibilidade com todos os modelos de pulverizadores autopropelidos existentes.
A produtora rural, Cassiane Baratto, de Querência-MT, por exemplo, conheceu o equipamento através de produtores vizinhos e apostou na modernização. Na propriedade de cerca de 900 hectares entre soja e milho, o adubo era aplicado na lavoura por máquina de arrasto, mas o trabalho não era ágil segundo ela. “Era um serviço que demorava, a gente estimava uma semana para a aplicação, mas não sabia quando ia acabar, dependendo do clima levava até dois meses para concluir”, relata.
A produtora optou pelo equipamento com capacidade de carga de 6 m³, dessa forma, o processo de distribuição a lanço passou a durar apenas uma hora. “A gente consegue colocar seis bags de adubo dentro da caixa para fazer a aplicação e em menos de uma hora conseguimos distribuir esses seis mil quilos do produto nos hectares desejados”, conta.
A segunda vantagem, de acordo com Cassiane, é a economia de combustível. “Nosso autopropelido já tem uma tecnologia embarcada muito boa, com motor eletrônico que autorregula a aceleração, então na aplicação de fertilizante gastava de um a cinco litros de diesel por hectare, o que já é uma média muito boa. Quando transformei para a caixa adubadora passamos a gastar somente de um a dois litros por hectare porque ela usa óleo hidráulico e não exige tanta força do motor. Assim conseguimos reduzir o consumo”, explica.
Outro benefício encontrado pelos produtores ao escolher a Linha Z é a redução do amassamento das lavouras, pois com a modernização é possível utilizar o mesmo rastro do pulverizador para outras operações da área. Na fazenda da produtora Cassiane essa foi uma das grandes vantagens de renovar o autopropelido. “A gente estimava perda de três sacas por hectare para cada linha. Tinha que fazer dois rastros, então eram seis sacas por hectare perdidos”, relembra.
Para entender o tamanho da economia da produtora por safra, a conta é simples. Se considerarmos apenas metade dos 900 hectares plantados, ou seja, 450 HA e multiplicamos a perda de 6 sc/HA, no ao valor médio atual de R$ 160 a saca de soja, o ganho foi de 432 mil.
Para ter a modernização, o produtor só precisa verificar se o seu sistema automotriz atual está em boas condições. A instalação é feita por técnicos da fábrica da MP Agro e leva apenas um dia. Para o CEO da MP Agro, Douglas Peccin, o equipamento da Linha Z também é conhecido como caixa de inox, pois é produzido com material 100% inox, ideal para combater o efeito da abrasão e corrosão dos produtos químicos e do ambiente, além da facilidade de limpeza e assepsia.
Ainda segundo ele, quando chega a hora de substituir um pulverizador, dificilmente o mercado está disposto a pagar o que ele realmente vale, desvalorizando-o. “Por tanto o investimento é uma alternativa inteligente e tem melhor custo-benefício pela durabilidade, sustentabilidade e por promover produtividade”, finaliza.
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