Ministro da Agricultura preside primeira reunião do Ciep
A EPAMIG realizará primeiro dia de campo sobre grandes culturas na Fazenda Experimental da Empresa em Lambari (FELB), no dia (8) de março. Pesquisadores da EPAMIG, Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Embrapa Arroz e Feijão irão apresentar tecnologias para o cultivo de milho, soja, arroz e feijão recomendados para plantio no Sul de Minas.
Durante as dinâmicas de campo, os participantes conhecerão mais sobre: avaliação da eficiência agronômica da bactéria Azospirillum braziliense em gramíneas, como obter sucesso nas culturas do milho e do feijão, além de novas alternativas para adubação de arroz e feijão.
O diretor de Operações Técnicas da EPAMIG, Plínio Soares, que é também pesquisador, irá apresentar as cultivares de arroz recomendadas para Minas Gerais, BRSMG Rubelita (várzea) e BRSMG Caçula (terras altas), que são resultantes de vários anos de pesquisas do programa de melhoramento genético do arroz, conduzido pela EPAMIG, Ufla e Embrapa Arroz e Feijão.
“Em 2013 vamos intensificar a divulgação dessas cultivares”, disse. Segundo Plínio a cultivar Rubelita apresenta boa produtividade e resistência às principais doenças da cultura. Já a Caçula, além de boa produtividade, tem tolerância à seca e destaca-se pelo ciclo precoce. “Caçula é uma excelente alternativa para cultivo na safrinha”, aponta.
Os participantes também saberão mais sobre a importância da qualidade fitossanitária das sementes dessas culturas. Segundo o pesquisador da EPAMIG Cláudio Egon, será explicado sobre os fatores que afetam e influenciam a qualidade das sementes. “Apresentaremos as principais doenças transmitidas pelas sementes, normas e padrões para produção e comercialização, além das consequências do estabelecimento da cultura com lote de sementes de baixa qualidade”, informa.
O pesquisador da EPAMIG Cícero Teixeira irá falar sobre algumas cultivares de soja convencionais e transgênicas que estão em teste no Sul de Minas, mas que já são cultivadas em outras regiões de estado. “Nas últimas três safras algumas cidades da região, como São Gonçalo do Sapucaí, Três Corações e Nova Resende iniciaram cultivo de soja para produção de grãos com o objetivo de atender indústria regional de ração, dentre outras”, explica. Segundo o pesquisador, a EPAMIG passou a direcionar estudos de soja na região, em função dessa nova demanda.
A inscrição para o dia de campo Grandes culturas é gratuita e pode ser feita no local do evento.
Até chegar à mesa do brasileiro, o tradicional arroz com feijão, passa por pesquisas e testes, que em Minas Gerais já são realizadas desde a década de 70. Minas é o segundo maior produtor de feijão do Brasil. Perde apenas para produção do Paraná. O estado tem aumentado o rendimento das cultivares devido ao plantio de outono/inverno, da terceira safra. O pesquisador da EPAMIG Zona da Mata Trazilbo José de Paula, que integra o Programa de Melhoramento do feijão em Minas Gerais, avalia que, na época da seca, o produtor, que cada vez mais investe em tecnologia, é beneficiado com uma safra de alta produtividade. “Atualmente, a média brasileira está entre 800 kg/hectare e 900 kg/hectare, estando Minas Gerais com produtividade entre 1.100 kg/hectare e 1.200 kg/hectare, principalmente por causa dessa terceira safra e das cultivares disponibilizadas ao longo dos últimos anos.
Com a formalização de convênio entre EPAMIG, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de Lavras e Embrapa, desde 2002, foram desenvolvidas e lançadas cultivares melhoradas de feijão para Minas, sendo a cultivar BRSMG Talismã a primeira. Em seguida, a Ouro Vermelho e as três novas cultivares lançadas por último: BRSMG Madrepérola, BRSMG Majestoso e BRSMG União. Atualmente, o Programa conduz ensaios de: 26 tipos de cariocas, 16 pretos e 20 grãos especiais. A cada dois anos é feita uma comparação final e, então, selecionadas as linhagens mais bem avaliadas: no campo são realizados testes de resistência à doenças, resistência à seca, colheita, porte, adaptabilidade; no laboratório, teste de cozimento, teor de proteína, qualidade e culinária.
No caso do arroz, durante quase 40 anos de pesquisas foram lançadas 30 variedades, sendo 13 terras altas e 17 de várzeas. De acordo com Plínio Soares, atualmente, está em andamento o projeto “Desenvolvimento de cultivares e novas linhagens de arroz irrigado para Minas Gerais”, que conta com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). O objetivo é testar novas linhagens e cultivares adaptadas às condições de várzeas. Estão sendo realizados ensaios de avaliação nas Fazendas Experimentais da EPAMIG em: Lambari (Sul de Minas), Leopoldina (Zona da Mata) e Nova Porteirinha (Norte de Minas). Os resultados esperados são lançamentos de cultivares mais tolerantes às principais pragas e enfermidades e que possuam grãos longos e finos, agulhinha, de boa qualidade industrial e de cozimento.
O programa de melhoramento do arroz enfrenta como desafio desenvolver variedades tolerantes às doenças desta cultura. Uma das doenças mais disseminada nesta cultura é a Brusone, causada pelo fungo Pyricularia grisea. É considerada a doença de maior importância para o arroz, uma vez que os danos causados podem comprometer grande parte da produção da lavoura. De acordo com a pesquisadora da EPAMIG, que atua na área de fitopatologia, Vanda Cornélio, as duas novas cultivares de arroz “Rubelita e Caçula” apresentam tolerância a essa doença. "Há produto químico no mercado para combate da Brunose, entretanto, é um fator que pode aumentar o custo da produção", explica.
Samantha Mapa / Ascom EPAMIG
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