Epamig e UFLA realizam encontro tecnológico de arroz de terras altas

Evento gratuito e presencial ocorre em Lavras, no dia 8 de março, a partir das 8h, e contará com degustação de receitas como bombom de arroz

07.03.2023 | 09:56 (UTC -3)
Pedro F. Veras, edição Cultivar

O arroz de terras altas tem se apresentado com uma opção cada vez mais viável, sustentável e rentável para pequenos produtores mineiros que buscam aumento de renda e diversificação de suas produções. Com o objetivo de estimular e expandir o interesse por essa cultura no estado, a Epamig e o grupo de pesquisa “Melhor Arroz”, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), realizam, na quarta-feira (8), em Lavras, o 1º Encontro Tecnológico de Arroz de Terras Altas. Presencial e gratuito, o evento ocorre a partir das 8h, na Fazenda Muquém, e oferecerá apresentações de pesquisadores e professores abordando o arroz de terras altas em seus diversos aspectos, tecnologias, produtos, cuidados de manejo e mais.

Cultivado em regiões favorecidas pelo regime de chuvas, ou sob sistema de irrigação, o arroz de terras altas, ou de sequeiro, tem seu modo de manejo diferente daquele do arroz irrigado, que é produzido sob inundação controlada ou em várzeas. Além de carecer de um manejo com grandes áreas inundadas, o arroz irrigado ocasiona um grave problema ambiental, que é a emissão do gás metano, o qual oferece riscos à saúde humana e contribui para o aquecimento global.

"O arroz de terras altas não tem esse problema, por ser um cultivo mais sustentável. Então, mesmo sendo uma cultura considerada de alto risco, se apresenta como uma alternativa muito rentável para aqueles que querem ingressar na cultura do arroz”, explica a pesquisadora da EPAMIG Sul, e uma das organizadoras do evento, Janine Guedes. Ela vai conduzir a apresentação “Produtos oriundos do arroz”, na qual pretende abordar as características nutricionais do alimento e sua grande versatilidade para o mercado.

Segundo a pesquisadora da EPAMIG, nos últimos dois anos, a Empresa viu um aumento significativo na procura de pequenos produtores locais por sementes e tecnologias sobre arrozes de terras altas. Isso se deu graças à alta dos preços do produto nos mercados de todo o país, além da busca pelo alimento por parte de programas governamentais voltados para a agricultura familiar local, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

“O melhoramento genético tem permitido que o arroz de terras altas alcance níveis elevados de produtividade, quando o manejo é feito de maneira correta, com resultados inclusive semelhantes aos do arroz irrigado. Por isso, sua área de produção tem aumentado recentemente e acredito que a tendência é que siga crescendo cada vez mais”, salienta Janine Guedes.

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