Segundo turno da Superagro começa nesta quarta
Nesta sexta-feira (05/06), no Expominas, durante a Superagro, produtores de frutas vão discutir o impacto da crise financeira mundial no setor, além dos aspectos que afetam a gestão nas propriedades, tais como custos e o nível de profissionalização dos gestores.
Os debates serão realizados durante o 6° Encontro Mineiro de Lideranças da Fruticultura, realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas).
Segundo o coordenador da assessoria técnica da Faemg, Pierre Vilela, estes temas são direcionados para todos os fruticultores do Estado, pois a crise financeira ainda se mantém como uma preocupação mundial. No ano anterior, durante a 5° edição, o encontro abordou questões relativas às perdas e também à ampliação do consumo de frutas em Minas Gerais e contou com a presença de 220 participantes. “Neste ano serão realizadas três palestras e nossa expectativa é de, pelo menos, manter o mesmo público”, projetou.
Diversificação - Vilela garantiu que as palestras deverão levar para o público algumas opções estratégicas de combate à crise, incluindo ações de gestão nas propriedades, destacou. Para ele, hoje é indispensável que os produtores consigam gerenciar bem os pomares, inclusive se programando com cautela para atender a itens como compra de insumos e uma possível formalização da atividade.
No ano anterior, a produção mineira de frutas em Minas Gerais foi da ordem de 2,3 milhões de toneladas, o que representou um crescimento de 3,6% ante 2007. No Estado, o incremento de culturas como abacaxi, manga, mamão, uva, limão e maçã foram os destaques. Para o coordenador, este crescimento mostrou que a fruticultura mineira investiu na diversificação, mudando um pouco o foco mineiro, que concentrava 75% do volume em culturas como laranja, banana e abacaxi.
No quesito de áreas ocupadas com frutas no Estado, em 2008 foram 112 mil hectares plantados, alta de 2,3% ante 2007. Quando questionado sobre uma possível perspectiva sobre a produção para este exercício, Vilela acredita que, em função dos investimentos dos produtores, a tendência é de aumento, mas ainda assim só poderá ser confirmado até 2010, quando deverá sair um levantamento mais preciso.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), a crise financeira poderá ter um efeito menor na fruticultura que em outros setores da economia, inclusive podendo existir alta no consumo entre 2% e 3%. Mesmo com essa alta, a entidade não descarta que um recuo de renda nos Estados Unidos (EUA) e, principalmente na Europa, poderá provocar um retração tanto de demanda quanto de preços, que poderão ser compensados para os exportadores brasileiros caso a moeda norte-americana se mantenha valorizada.
Frutas nativas em Minas - A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está negociando junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) uma verba de R$ 4 milhões para incentivar a comercialização da produção de frutas regionais e a implantação de pequenas agroindústrias na região Norte do Estado. Essa ação faz parte do Programa de Desenvolvimento de Frutas Nativas do Norte de Minas e prevê beneficiar 89 municípios na região.
Com esta ação, a perspectiva é que cerca de oito mil famílias sejam beneficiadas, incrementando a produção de 22 frutas nativas, com destaque para as frutas da caatinga, representada pelo umbu, e as do cerrado mineiro, pelo pequi. Segundo o coordenador técnico regional de Fruticultura e Olericultura da Emater-MG, Ildeu de Souza, a ideia deste programa surgiu após a realização de uma pesquisa sobre as frutas nativas e as possibilidades de mercado. “Constatamos um grande potencial de beneficiamento e comercialização destas frutas para o segmento de polpas”, destacou ele.
Superagro - O Encontro Mineiro de Lideranças da Fruticultura inclui o programa de palestras da Superagro, que terá ainda os congressos de Reprodução Animal, de Florestas Energéticas e de Apicultura. O evento terá também a 12a. Expocachaça e a 49a. Exposição Estadual Agropecuária. A feira será realizada em Belo Horizonte de 27 de maio a 7 de junho e a promoção é do governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e Sebrae Minas.
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